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As Estâncias de Dzyan
São pergaminhos
antigos de origem tibetana,
citados por Helena Petrovna Blavatsky em seu livro A Doutrina Secreta, que é uma obra teosófica.
Blavatsky alegava que teria tido acesso e estudado estes pergaminhos em sua
estada no Tibete.
Segundo Blavatsky, as "Estâncias de
Dzyan" seriam um manuscrito arcaico, escrito em uma coleção de folhas de
palma, resistentes à água, ao fogo e ao ar, devido a um processo de fabrico
desconhecido, e que conteriam registros de toda a evolução da humanidade, em
uma língua desconhecida pelos filólogos
denominada Senzar.
Foram feitas várias tentativas, sem
sucesso, de descobrir este manuscrito, durante o século XX.
Assim, permanece sem resposta se estes manuscritos realmente existiram ou não.
As "Estâncias de Dzyan", segundo
Blavatsky, estão relacionadas com o "Livro dos Preceitos de Ouro" e
com os "livros de Kiu-te", que são uma série de tratados do budismo esotérico.
O Livro de Dzyan derivado da palavra
sânscrita dhyân (meditação mística) é o primeiro volume dos Comentários aos
sete volumes secretos de Kiu-te, e um glossário das obras acessíveis
publicamente do mesmo título. Em poder dos lamas gelugpas do Tibet, na
biblioteca de qualquer monastério, há trinta e cinco volumes de Kiu-te para uso
profano (exotérico); e também quatorze livros dos comentários e notas sobre o
mesmo, pelos instrutores iniciados. À rigor, aqueles trinta e cinco livros
deveriam intitular-se Versão Popular da Doutrina Secreta, pois estão
cheios de mitos, véus e enganos. Por outra parte, os quatorze tomos de
comentários com suas entrevistas, notas e um extenso glossário de termos
ocultos, todos esses desenvolvimentos da pequena obra esotérica entitulada Livro
da Sabedoria Secreta do Mundo, constitui um verdadeiro resumo de todas as
ciências ocultas…”
Embora tudo isto saibamos do fim do
século passado, a identidade dos livros públicos de Kiu-te constituiu um enigma
por longo tempo, exceto possivelmente para uns poucos que, fazendo ornamento de
um verdadeiro espírito de busca, incomodaram-se em investigar realmente as
fontes e pistas dadas por H.P.B. Daí que resolveram chamar estes livros
de puras invenções fantásticas de H.P.B., e por conseqüência todo o resto de
sua volumosa obra “A Doutrina Secreta”. A grande maioria dos
especialistas do Ocidente negou a existência dos livros sob este nome. Em certa
classe de literatura se pode ler inclusive que os monges tibetanos não conhecem
estes livros, mas esses autores, a nosso parecer, ou são pouco sérios, ou
recolheram suas informações de monges sem suficiente erudição, já que
simplesmente o período de estudos em qualquer monastério de monges gelugpas
dura 20 anos.
Mas depois da análise detalhada dos
dados que ela mesma menciona em suas referências, estes livros puderam ser
finalmente identificados. Tal e como ela disse, foram encontrados na biblioteca
de cada monastério gelugpa do Tibet, assim como em outros pertencentes a
diversas seitas, como por exemplo os Kargyupda, Nyingmapa e Sakyapa. A
constatação não deixa lugar a dúvidas: trata-se de obras realmente ocultas, que
a mais pura tradição tibetana e budista considera por excelência como as doutrinas
secretas de Buddha. Como veremos ao longo deste trabalho, foi entre outras
coisas a transcrição dos fonemas, quer dizer, a forma que utilizou ou escolheu
H.P.B. para refletir com o alfabeto ocidental a fonética dos vocábulos em
línguas tão antigas, o que impediu ao longo este tempo poder identificar os
mesmos textos. Temos que fazer notar, entretanto, que não foi H.P.B. que
“inventou” está transcrições. Como veremos mais abaixo as tirou de outros
viajantes anteriores a ela.
Personalidades tão reconhecidas no
mundo da investigação antropológica e nos estudos comparativos das simbologias
antigas como Mircea Elíade aceitam os dados de H.P.B. e valorizaram seus
estudos. Obras tão sérias como a enciclopédia titulada “Arqueologia em
Texto e Imagens” (Munich, 1975) aceitam as fontes mencionadas na Doutrina
Secreta e as citam sem nenhum gênero de reticências. Vejamos o que se diz no
primeiro parágrafo da página 1 do 5º volume desta obra, sob o título
“surgimento da humanidade”:
“Tanto em tempos históricos como pré-históricos existiram e existem diferentes idéia e teorias sobre a origem(ou criação), assim como sobre a antigüidade do universo, da terra e do homem.
No “Livro de Dzyan” há uma compilação
das teses possivelmente mas antigas que nos sejam conhecidas, encontramos ali
uma cosmogonia maturada em detalhes e uma teoria da evolução que se refere não
só a uma, mas também a cinco “humanidades”, chamada-las “raças”, que se
desenvolveram ciclicamente. Estas teses, que se avaliam serem mais antigas que
os Vedas e possivelmente foram a religião em todo o mundo pré-histórico,
refletem-se mais tarde na religião hindu, zoroastriana, islâmica, judia e
cristã, embora sob uma forma diferente e expressas em uma linguagem carregada
de imagens mitológicas.
As “Estâncias de Dzyan”
(tese ou dogmas de Dzyan) postulam o seguinte em relação ao homem:
1) Uma origem poligenética.
2) Diferentes formas de reprodução. 3) Uma evolução animal (pelo menos referente aos mamíferos) que seguiu a dos homens, em lugar de precedê-la, tal e como postula nossa ciência moderna.
Os períodos de tempo para a evolução do
homem que se dão nas Estâncias remontam a muitos milhões de anos atrás, em
correlação a nossas idéias atuais, e são tão inaceitáveis para a ciência como a
hipótese de cinco humanidades (ou “Raças Raízes”), bem como de que os animais
tenham surgido após o homem. Entretanto é interessante que se notem, vistos em
detalhe, uma série de surpreendentes semelhanças entre algumas dessas teses e
as hipóteses da biologia moderna. (…)”
H.P.Blavatsky, a primeira comentadora
das Estâncias (as Estâncias foram interpretadas de novo pelo Dr. F. Hartmann a
princípios de século e no ano 1958 pelo Dr. Viktor Eckert), escreveu em 1888
a respeito: “Isto deve parecer
para o leitor ridiculamente absurdo. Entretanto, está estritamente nas linhas
da analogia evolutiva, que a Ciência percebe no desenvolvimento das espécies
animais viventes. Primeiro a procriação semelhante as células, por “divisão
própria”; depois de umas quantas etapas, a ovípara, como no caso dos répteis,
aos que seguem os pássaros; depois finalmente, os mamíferos com seus modos
ovovíparos de produzir rebentos…”
Em outro volume da mesma enciclopédia
escreve Philip Rawson:
“Tanto (William Butler) Yeats como (Hermann) Hesse foram sobre tudo influenciados pela obra da teósofa russa Helena Petrovna Blavatsky (1831-91), que anteriormente a eles tinha propagado com grande afinco uma interpretação própria do pensamento hindu. O movimento iniciado por ela desempenhou um papel importante tanto na política da Índia como na vida cultural da Europa…”
Já dentro da volumosa obra “A Doutrina
Secreta” tentou dar H.P.B. ao leitor algumas provas da existência destes
livros. Assim, por exemplo cita o monge capuchinho Orazio della Penna,
missionário no Tibet de princípios do século XVIII. Na seção já citada de “A
Doutrina Secreta” encontramos uma nota de rodapé com os seguintes dados:
“O monge italiano Della Penna se mostra
em
suas Memórias (veja a obra Tibet, por
Markham, pág. 309 e ss.) certas afirmações contidas nos Livros de Kiu-te, e com
efeito cita “a grande montanha de 160.000 léguas de altura” (uma légua tibetana
tem 5
milhas) na cordilheira dos
Himalayas. E diz o monge: “Segundo suas crenças, no ocidente do mundo há um
paraíso aonde um santo chamado Ho Pahme, que significa santo, de grande
esplendor e infinita luz. Este santo tem vários discípulos, todos os quais são
Chang-chub”, isto é “espíritos que por sua perfeição não necessitam santidade e
educam aos lama renascidos lhes ajudando a viver”. Disso se infere que os que
della Penna chama Chang-chub, e cujo verdadeiro nome Yang-chub (
presumivelmente considerados “mortos”) são nem mais nem menos que boddhisatvas
viventes, alguns conhecidos pelos irmãos” (Bhante)…”
O monge Orazio della Penna extraiu
passagens de textos antigos com a intenção de demonstrar com isso o absurdo
dessas doutrinas orientais. Esses dados foram por outra parte comentados pelo
Chohan Lama em um artigo aparecido sob o título de “Ensinos Tibetanos”, antes
de que suas informações fossem utilizadas para a nota citada de “A Doutrina
Secreta” no parágrafo anterior. Este artigo, que explicava o significado da
grande montanha “de 160.000 léguas de altura”, indicava que os mencionados
dados foram extraídos do Kanjur, uma parte do Cânon Budista Tibetano. De modo
que existe uma relação entre os livros Kiu-te e o Kanjur. Mas, já que o Kanjur
se compõe, conforme seja a edição, de 100 ou mais capítulos muito extensos,
esta informação demonstrou ser insuficiente.
Citada a nota de “A Doutrina Secreta”
indica a fonte destes dados a obra “Tibet”, de Markham, pág. 309 e
seguintes. De investigações posteriores resultou que não existia nenhum
livro com o título “Tibet”, de nenhuma pessoa chamada Markham. Mas entretanto
Sir Clemens Robert Markham, famoso geógrafo e viajante (1830-1916), tinha
publicado um livro sob o título “Narrações da Missão de George Bogle ao Tibet”
e “A viagem de Thomas Manning a Lhasa”, que apareceu em Londres em 1876, com
uma segunda edição em 1879. Neste livro se encontra efetivamente na página 309
e seguintes um anexo que leva o título “Breves explicações sobre o Reino do
Tibet”, escrito por della Penna em 1730. Na página 328 deste anexo se
encontra a história da grande montanha de 160.000 léguas, extraída do Kanjur
(ou: bKa-gyur, em transcrição fonética), e que ele soletra “K´hagiur” na pág.
334 se lê a informação sobre os livros de Kiu-te.
Della Penna escreve:
“Shakia Thupba restabeleceu as leis das que se diz que tinham decaído, e das que agora se diz que estão recolhidas em 106 volumes, nos que os discípulos da Shakia Thupba escreveram, depois de sua morte, o conteúdo total do ensino tal e como a tinham ouvido da boca de seu mestre.
“Estes livros se dividem em duas
categorias de leis. Contem 69 volumes, chamadas Leis de Dote, e outra categoria
se compõe de 38 volumes, chamados Khiute.”
Shakia Thupba, ou mais corretamente
Sykya Thup-p é naturalmente Gautama Buddha e suas leis as do Kanjur. É fácil
notar que as duas categorias a que se refere della Penna, Dote e Khiute, são
respectivamente o mDo-SDE e o rGud-SDE, quer dizer: a parte (SDE) dos Sutras
(mDo) e a do Tantra (rGud) da palavra de Buddha, ou seja do Kanjur.
O número de volumes mencionados por
della Penna temos que considerá-lo como pouco confiável, pois (diga-se de
passagem que: 69 e 38 não somam 106!) na contagem de della Penna existem outras
várias discrepâncias (por ex. diz em outro lugar que os volumes de Khiute são
36, etc.) com o número real de volumes de cada uma das categorias, que se
encontram nas bem conhecidas edições do Kanjur.
“A Doutrina Secreta” fala de 7 textos
(rolos) secretos de Kiu-te, assim como de 14 volumes de comentários aos mesmos,
dos quais o primeiro é o “Livro de Dzyan”. Há motivos para acreditar conforme
diz David Reigle que entrevistas provenientes desses 14 Volumes Secretos de
Comentários se podem ler também em determinados comentários acessíveis, que se
encontraram no Tanjur (transcrição moderna: bsTan-gjur, também Bstan-hgyur),
outra das mais importantes compilações de partes do Canon Budista Tibetano.
Uma tradição muito generalizada fala de
versões originais dos livros de Kiu-te. Esta tradição foi já inclusive citada
no século XIV pelo Budon (Bu-ston, 1290-1364) em sua “História do Buddhismo”
(Chos´byun) e mais tarde recordada nos comentários ao Kiu-te (rGyud-SDE) por
ele mesmo. Embora estas versões originais não possam ser encontradas entre os
textos conhecidos na Índia e Tibet, sim se podem contar entre os existentes em
lugares como Sambhala, etc. Determinados sábios, como Aryasanga, teriam tido
acesso a estes textos e alguns deles escreveram comentários em que citam esses
livros. Um exemplo disso são as entrevistas contidas na única obra conhecida do
Bodhisatva Vajragarbha. O Dr. L. Snellgrove observa:
“As passagens, que ele realmente cita, não provêm de nenhum Tantra normal; são sempre explicativos e dogmáticos, e ele se refere com freqüência a essa obra quando procura um significado figurativo da passagem”. Não provêm de “nenhum Tantra normal” porque estes não são geralmente explicativos. É característico tendo em conta as asseverações de H.P.B. em “A Doutrina Secreta” de que os 14 Volumes Secretos sejam Comentários e Notas de Kiu-te, assim como que contenham um glossário sobre volumes profanos do mesmo nome. Tal e como o Bodhisattva Vajragarbha constata em seu comentário: “Da maneira em que se acostuma a versão abreviada só se pode entender o significado óbvio (neyartha); o verdadeiro significado (nitartha) obtém-se através do Mula Tantra.” Está claro que as versões abreviadas dos livros Kiu-te de que dispomos atualmente são obras esotéricas, e que determinados comentários existentes e explicam corretamente seu significado.
Simplesmente o fato de que os
manuscritos originais de todos os escritos de H.P. Blavatsky são conservados
no British Museum, em uma câmara hermética extraordinariamente acondicionada
com todos os adiantamentos técnicos, a que só se tem acesso com uma permissão
especial, faz-nos pensar que suas obras são consideradas de verdadeira
importância. Nesta última década tem surgido estudos realmente exaustivos
baseados nestes livros, como por exemplo “O Homem Como Medida de Todas as
Coisas: Comentários Sobre as Estâncias de Dzyan” pelo Sri Krishna Prem e Sri
Madhava Hashish, publicado pela editorial francesa Rocher, no ano de 1980.
A mesma H.P.B. parece prever em suas
obras este desenvolvimento. Assim lemos por exemplo:
“E se Tróia foi negada e considerada como um mito; a existência de Herculano e de Pompéia declaradas ficção; se se riram das viagens de Marco Pólo que se chamaram fábulas, tão absurdas como os contos do Barão Münchhausen, por que tinha que ser melhor tratada a escritora de Isis Sem Véu e de A Doutrina Secreta? (…)”
“Nenhum incrédulo que considere como
uma maquinaçã A Doutrina Secreta está obrigado, nem se lhe pede, que dê crédito
às nossas afirmações, as quais foram já proclamadas como tal por certo
jornalista americano muito hábil, ainda antes de que a obra entrasse na
prensa.”
“Tampouco, depois de tudo, é necessário
que ninguém creia nas Ciências Ocultas e nos Ensinos Antigos, antes de que
saiba algo de sua própria Alma ou sequer nela creia. Nenhuma grande verdade foi
jamais aceita à priori, e geralmente transcorreu um século ou dois antes de que
tenha começado a vislumbrar-se na consciência humana como uma verdade possível
(…). As verdades de hoje são as falsidades e enganos de ontem, e vice-versa. Só
no século XX será quando algumas partes, se não o todo da obra presente, serão
vindicadas.”
Demonstrado-o neste trabalho parece ter
sido pensado já faz um século, como o demonstram as seguintes palavras em outra
parte de “A Doutrina Secreta”:
“À verdade, o que se dá a luz nestes
volumes, foi escolhido assim de ensinos orais como escritos. Esta primeira
apresentação das doutrinas esotéricas está baseada sobre Estâncias que
constituem os anais de um povo que a etnologia desconhece. Estão escritas
aquelas, conforme se afirma, em uma língua que se acha ausente do catálogo das
linguagens e dialetos que conhece a filologia; assegura-se que surgiram de uma
fonte que a ciência repudia: isto é, o Ocultismo; e finalmente são oferecidas
ao público por intermédio de uma pessoa desacreditada sem cessar ante o mundo
por todos quantos odeiam as verdades vindas fora de hora, ou pelos que têm
alguma preocupação particular que defender. Assim é que o repúdio destes
ensinos é coisa de esperar-se, e ainda deve esperar-se de antemão. Nenhum dos
que se chamam a si mesmos eruditos em qualquer dos ramos da ciência exata,
permitir-se-á olhar estes ensinos seriamente. Durante este século (o XIX) serão
ludibriadas e rechaçadas à priori; mas neste século unicamente, porque no
século XX de nossa Era, começarão a conhecer os eruditos a Doutrina Secreta, e
que ela não foi nem inventada nem exagerada, a não ser pelo contrário, tão
somente esboçada; e finalmente, que seus ensinos são anteriores aos Vedas. Não
é isto uma pretensão de profetizar, a não ser a simples afirmação fundada no
conhecimento dos fatos. Em cada século tem lugar uma tentativa para demonstrar
ao mundo que o Ocultismo não é uma superstição vã. Uma vez que a porta fique
algo entreaberta, se irá abrindo mais e mais nos séculos sucessivos. Os tempos
são a propósito para conhecimentos mais sérios que os até a data permitidos,
embora tenham ainda que ser muito limitados.”
Em outra passagem lemos:
“…quando chegar o tempo para o impulso do século XX… (se) encontrará uma grande comunidade unida de homens que estarão preparados para dar as boas-vindas aos novos portadores das tochas da verdade…(este próximo impulso) Encontrará a mente do homem capacitada para receber sua mensagem, e uma forma de expressão apropriada, na qual ele poderá vestir a nova verdade que deve trazer , assim como uma Organização que esperará sua chegada e que poderá varrer os obstáculos e dificuldades puramente materiais e mecânicos de seu caminho. Calcule-se quanto poderá alcançar aquele, a quem lhe tenham sido dadas tão favoráveis possibilidades…”
O que possivelmente se completa com as
seguintes palavras extraídas de diferentes passagens de A Doutrina Secreta:
“…o ocultismo triunfará antes de que nossa era alcance o “triplo setenário do Shani (Saturno)” do ciclo ocidental, na Europa; ou seja antes de terminar o século XXI”.
“Verdadeiramente, o arco do remoto passado
não está morto; tão somente repousa. O esqueleto dos sagrados carvalhos
druídicos ainda pode brotar de novo de seus ramos secos e renascer a nova vida,
como brotou «formosa colheita» do punhado de trigo achado no sarcófago de uma
múmia de quatro milênios. E por que não? A verdade é muito mais extraordinária
que a ficção. Qualquer dia pode vindicar-se improvisadamente e humilhar a
arrogante presunção de nossa época, provando que a Fraternidade Secreta não se
extinguiu com os filaleteos da última escola eclética; que ainda floresce a
Gnosis na terra, e que são muitos seus discípulos, embora permaneçam ignorados.
Tudo isto pode levá-lo a cabo um ou vários dos Grandes Mestres que visitam a
Europa, pondo em evidência por sua vez aos presunçosos difamadores e
caluniadores da Magia.”
“Entre os mandamentos de Tsong Khapá,
há um que ordena aos arhats fazer um esforço em cada século, em certo período
do ciclo, para iluminar ao mundo, inclusive aos “bárbaros brancos”. Até
hoje nenhuma de tais tentativas teve bom êxito. Os fracassos somaram-se a mais
fracassos. Trataremos de explicá-lo à luz de certa profecia? Diz-se que até que
Pban-chhen-rinpochhe (a grande jóia da Sabedoria) consinta renascer no país dos
P´helings (ocidentais) como conquistador espiritual (Chom-denda) e dissipe os
enganos e a ignorância dos tempos, de pouco servirá o intento de extirpar os
preconceitos dos habitantes de P´helingpa (Europa), porque os filhos desta não
escutarão a ninguém.
Outra profecia declara que a Doutrina
Secreta se conservará em toda sua pureza no Bhod-yul (Tibet) apenas enquanto os
estrangeiros não invadam o país. As mesmas visitas dos europeus, embora
amistosas, seriam mortais para os tibetanos. Este é o verdadeiro motivo do
exclusivismo do Tibet”.
Só fica nos perguntar se esses esforços
e impulsos poderão despertar definitivamente o sentido de responsabilidade que
o Ocidente contraiu automaticamente ao fazer-se depositário de tantos e tantos
textos resgatados do Oriente depois das terríveis invasões dos últimos tempos?
Deus o queira!
Maria Paz do Benito Alvarado
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Esse blog tem como finalidade expandir nossa consciência crística, crer em nossa mestria, nosso Eu Superior e ajudar no Despertar de nossos anjos/irmãos!
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terça-feira, 2 de novembro de 2010
As Estâncias de Dzyan
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