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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Os Sete Princípios da Consciência

 



                              Uma Chave Para Compreender a                                     
                                        Filosofia Esotérica
 
                                      Carlos Cardoso Aveline



 É impossível encher de chá novo uma xícaraque está cheia com outra substância.Do mesmo modo, para aprender teosofia, oestudante tem de saber esvaziar-se. Ele deverenunciar a preocupações excessivas comassuntos mundanos, temas pessoais e questõesmateriais. E mesmo isso não basta: é precisoforça de vontade e discernimento.Olhando com atenção, o estudante verá que o próprio caminho espiritual está rodeadode luzes falsas e de fogos de artifício brilhantes, que não levam a lugar algum. Ele deveidentificar e deixar de lado o caminho fácil da pseudo-teosofia, dos ritualismos, dascanalizações e outras formas de auto-engano.A dupla opção por abandonar as ilusões materialistas e as superficialidades pseudoespirituaispermite ao estudante aumentar o seu grau de bom senso e auto-confiança, etomar medidas práticas para compreender e vivenciar o ensinamento vasto e complexoda filosofia esotérica moderna.Como, exatamente, isto pode ser feito?Em 1891, falando a um dos seus alunos poucas semanas antes de deixar a vida física, H.P. Blavatsky deixou indicações valiosas sobre esta questão. Ela disse que, “não importao que se estude na Doutrina Secreta”, a mente deve manter com firmeza quatro idéias“como base da sua ideação”.A primeira delas é a da unidade fundamental de toda existência. Esta unidade interiorinclui e preserva a diversidade e os contrastes da natureza externa.A segunda idéia a ter sempre em mente, segundo H.P.B., é a de que não existe matériamorta no universo. Nada é inerte, tudo evolui. Cada átomo é uma vida.www.filosofiaesoterica.comOs Sete Princípiosda ConsciênciaUma Chave Para Compreender a Filosofia EsotéricaCarlos Cardoso Avelinewww.filosofiaesoterica.com 2A terceira e a quarta idéias são diretamente ligadas ao tema dos sete princípios daconsciência humana. HPB acrescentou:“A terceira idéia a manter presente é a de que o homem é o MICROCOSMO. Assimsendo, todas as hierarquias dos Céus existem nele. Porém na verdade não existe nemMacrocosmo nem Microcosmo, mas UMA SÓ EXISTÊNCIA. O grande e o pequeno sóexistem como tais quando vistos por uma consciência limitada. A quarta e última idéia éaquela expressa no Grande Axioma Hermético que, na verdade, resume e sintetiza todasas outras. Como o Interno, assim é o Externo; como é acima, assim é embaixo, só existeUMA VIDA E UMA LEI e o que atua é o ÚNICO. Nada é Interno, nada é Externo;nada é GRANDE, nada é Pequeno; nada é Alto, nada é Baixo na Economia Divina.” [1]Este é o grande motivo para estudar o tema dos sete princípios da consciência, um dosmais importantes de toda a filosofia esotérica. Este assunto contém a chave pela qual sepode ter acesso ao verdadeiro conhecimento oculto, ou essencial. O homem é omicrocosmo. Por isso ele tem de conhecer a si mesmo (seus sete princípios) para poderconhecer o mundo a seu redor. E a recíproca é verdadeira: ele também precisa estudar ocosmo para conhecer a si mesmo.Os pitagóricos da Grécia antiga estudavam a “música” cósmica das esferas ou planetaspara conhecerem-se a si mesmos, porque o grande é como o pequeno, e vice-versa. Epor que motivo os primeiros teosofistas ecléticos, alunos de Amônio Sacas emAlexandria, no século três da nossa era, trabalhavam com o princípio da analogia emsua busca da verdade universal? Porque só há uma EXISTÊNCIA UNA, cujasmanifestações externas são diversas.Por essa mesma razão prática, a obra “A Doutrina Secreta” dá uma grande atenção aofuncionamento da vida em sua dimensão cósmica. Alguns leitores reclamam, afirmandoque grande parte de “A Doutrina Secreta” é “muito abstrata”. E, sem dúvida, eles têmrazão. Mas a abstração que é necessária para compreender a origem do universo e alonga jornada da alma humana não foi recomendada pelos Mestres por mero acaso.Não há nada mais prático do que o estudo dos processos cósmicos, porque esteestudo desperta Buddhi-Manas no estudante, ou seja, une o seu quinto princípio,mental, ao seu sexto princípio, intuicional.Este é, exatamente, o passo evolutivo que se espera da humanidade na etapa atual.Cabe registrar que o conceito blavatskiano de “raça” só se relaciona secundariamentecom o corpo físico. Esotericamente, a idéia de raça não depende da cor da pele; etampouco há raças “melhores” ou “piores” que outras. A palavra “raça” diz respeito aum protótipo fundamentalmente psicoespiritual (embora também físico) do ser humano.Ao mesmo tempo, refere-se a um período de tempo quase inimaginavelmente longo e auma determinada etapa da evolução geológica do planeta. Basta dizer que as duasprimeiras raças não eram plenamente físicas e habitaram o planeta quando ele tinhacaracterísticas geológicas muito diferentes das atuais. Neste contexto, as pequenasdiferenças “raciais” entre os povos da humanidade atual são desprezíveis. Aconvivência harmoniosa dos seres humanos, independentemente de cor da pele, classesocial, sexo, afiliação religiosa ou ideologia política, é o primeiro objetivo domovimento universalista e esotérico. Os estudantes dessa filosofia devem trabalhar pelafraternidade e pela felicidade de todos os seres.www.filosofiaesoterica.com 3É verdade que, durante o século 20, o conceito de raça foi distorcido e utilizado parajustificar anti-semitismo e outros crimes contra a humanidade. Mas a filosofia esotéricanão pode abandonar o conceito milenar e fundamental de raça-raiz apenas porque, emdeterminado momento, ele foi distorcido por líderes políticos criminosos. As distorçõespassam, e a verdade fica. O mau uso eventual de conceitos filosóficos deve estimularnosa estar atentos para perceber o significado que cada um dá às palavras, e para ocontexto vivo em que elas são empregadas.No tema das raças, como em tantos outros, a simplificação excessiva da filosofiaesotérica também traz sérios perigos. H.P.B. evitou a redução dos seus ensinamentos aum conjunto de idéias demasiado fáceis. A intenção era impedir, ou tornar menosprovável, que estudantes inexperientes pudessem memorizar alguns conceitos e iludir-sepensando que conheciam a ciência esotérica.A civilização de hoje, inspirada e dominada pela cultura européia e pelas culturas dosseus descendentes e associados nos vários continentes, está situada na segunda metadeda quinta raça-raiz, mais precisamente na quinta sub-raça da quinta raça-raiz. Ela estáno ponto em que Manas, a mente, passa a receber cada vez com mais força a luzintuitiva de Buddhi, preparando o surgimento da sexta sub-raça da quinta raça-raiz.Este despertar ocorre através de indivíduos e setores sociais pioneiros e inicialmentepouco numerosos. Como efeito colateral inevitável, esta nova energia parece tirar defoco e desarticular os mecanismos anteriores e convencionais de produção desentimento ético. Enquanto pequenos setores pioneiros despertam, outros setores sociais– inicialmente majoritários – parecem perder todo senso ético e qualquer inspiraçãovinda dos planos superiores de consciência. Assim, a crise da transição se aprofunda.Mas é por causa da nova energia inspiradora que as velhas estruturas tremem.Há sete raças-raízes. Cada uma delas tem, de acordo com H.P.B., sete sub-raças. Oconjunto da quinta raça-raiz, o foco evolutivo trabalha predominantemente o quintoprincípio, Manas, assim como no conjunto da sexta raça-raiz o foco estaráespecialmente concentrado no sexto princípio, Buddhi.O mesmo ciclo em espiral é percorrido, em escala menor, ao longo das sete sub-raças.Na quarta sub-raça da quinta raça, por exemplo, houve um relativo predomínio doquarto princípio, do desejo (Kama). Na atual quinta sub-raça da quinta raça, temos umrelativo predomínio do princípio mental (Manas). Na sexta sub-raça da nossa quintaraça-raiz, haverá um despertar do sexto princípio, o princípio búdico, centro e sede daalma espiritual. Estamos vivendo o longo processo do seu surgimento.A relação direta − numérica e numerológica − entre os sete princípios do homem talcomo aparecem na teosofia original e as sete etapas sucessivas da evolução dahumanidade é um forte motivo para que se mantenha o esquema original dos seteprincípios. Os sete princípios são a ponte entre o microcosmo (o ser humano) e omacrocosmo (o planeta e o universo). Porém nenhum conhecimento vem até nós semuma provação e uma dificuldade. Como um astucioso teste para o discernimento doestudante atento, estes ensinamentos foram distorcidos pela pseudo-teosofia daSociedade de Adyar.www.filosofiaesoterica.com 4A vida cósmica (e humana) é como umcarrossel que gira dentro de umcarrossel, e o segundo carrossel giradentro de outro carrossel ainda maior, eassim sucessivamente. Em termos derealidades espaciais, cada átomo é umaminiatura do sistema solar, e cadasistema solar é uma miniatura da ViaLáctea.Na escala de tempo, o segundo faz partedo minuto, o minuto faz parte da hora, ahora faz parte do dia, o dia faz parte do ano, o ano faz parte do século, e o século é umapequena partícula de grandes eras cósmicas. Também a evolução das almas estáperfeitamente sincronizada com os ciclos maiores e menores.O espaço-tempo universal, abstrato e absoluto − o círculo ilimitado que tudo contém − échamado de Parabrahman em filosofia esotérica. A chave para perceber estas realidadesvivencialmente − através da lei da analogia − está nos sete princípios da consciênciahumana.A pseudo-teosofia de Annie Besant e Charles Leadbeater, porém, inverte a numeraçãodos princípios, fazendo com que eles já não tenham correspondência com os númerosdas raças e das sub-raças. Esta descaracterização do esquema referencial da teosofia deH.P.B. faz com que as rodas grandes e pequenas dos ciclos da vida universal já nãoencaixem mais umas nas outras. A falsa teosofia fragmenta a visão da vida aoimpossibilitar a relação entre microcosmo e macrocosmo. Uma vez adulterada aenumeração dos sete princípios, o estudo da cosmologia e da natureza oculta do serhumano ensinadas nas “Cartas dos Mahatmas” e em “A Doutrina Secreta” ficaimpossibilitado. Por isso, o esquema didático original do ensinamento teosófico éindispensável. Só ele nos oferece uma visão sistêmica da vida, capaz de unircoerentemente a parte e o todo, mostrando de que modo a parte contém o todo e de quemaneira o ser humano é um resumo coerente do universo.O tema das Raças, Rondas e Cadeias coloca desafios lógicos à nossa compreensão eamplia a nossa capacidade de perceber intuitivamente o funcionamento do cosmo.Em “A Doutrina Secreta”, Helena Blavatsky só pôde revelar uma parte do ensinamentoa esse respeito, mas o que foi transmitido é mais do que suficiente para a atual etapahumana. Os Mahatmas ensinaram através das suas Cartas e da obra de H.P.B. que aonda de vida que se encontra atualmente no planeta Terra percorre sete ciclos maiores,ao longo de grandes períodos de tempo cósmico. Cada um destes ciclos – chamados deRondas – inclui a peregrinação por um conjunto de sete globos ou esferas que têmvários níveis de sutileza e densidade, e que possuem uma relação direta com os seteprincípios da nossa Terra. Estes sete globos formam a chamada Cadeia Terrestre. Seisdestes sete globos são feitos de matéria sutil. Só um deles é denso ou físico. Os seteglobos estão situados como em uma espiral, em diferentes níveis de vibração e deconsciência. Eles têm uma correspondência, pela lei da analogia, com os sete princípiosdo homem [2].www.filosofiaesoterica.com 5O primeiro e o último globo estão em um alto grau de elevação espiritual. O segundo eo penúltimo já ficam um pouco mais perto do mundo material. O terceiro e o quinto sãomenos elevados, mas só o quarto globo é de matéria densa. A Terra é o globo físico daCadeia atual. Enquanto nossa humanidade habita a Terra, os seres humanos sedesdobram, ao longo do tempo, em sete tipos humanos básicos, que são as sete raçasraízes.A passagem pelas sete raças forma uma ronda terrestre. A passagem pelos sete globosda cadeia terrestre forma uma ronda planetária. Sete Rondas planetárias completam acadeia. A onda de vida que hoje é humana já habitou o reino mineral, depois o reinovegetal, mais tarde o reino animal, até despertar como inteligência humana. Os períodosde manifestação da vida (sejam eles individuais, planetários ou cósmicos) são sempreseguidos de tempos proporcionais de “descanso”. Para o indivíduo, há a reencarnaçãodepois de um longo intervalo entre duas vidas. Para o planeta e o sistema solar, há umnovo manvântara (período de manifestação), depois de um longo pralaya (período dedescanso).A peregrinação da mônada pelos vários reinos da natureza, que ocorre ao longo devários globos, é descrita alegórica e intuitivamente da seguinte maneira na palavras dopoeta brasileiro Múcio Teixeira:Morri no mineral,Para nascer na planta.Fui pedra e fui semente,Brilhei no diamante e no cristal luzente.Fez em mim o seu ninhoO pássaro que canta.Passei às formas do animal,Vendo indistintamente uma luz na outra banda.Do animal passei à forma do homem,Faísca que desceu às cinzas e às brasas.Mais tarde acenderei a luz eterna que é Deus. [3]Em cada ronda, a onda de vida desperta e desenvolve um novo princípio da consciência.São sete rondas e sete princípios. Mas também em cada um dos ciclos menores,chamados raças, a vida trabalha especialmente um princípio da consciência. Por isto sãosete as raças. E isso não é tudo. Estamos na quinta das sete raças-raízes da atual Ronda,mas esta raça-raiz, Mental ou Manásica, tem sete ciclos menores, as sub-raças. Nossahumanidade tem hoje o foco da sua evolução centrado na segunda metade da quintasub-raça, e portanto está a trabalhar, ainda mais especificamente, o quinto princípio. Há,nisso, uma conjunção de esforços de longo e de curto prazo. É como se um relógio deponteiros marcasse meio-dia: os dois ponteiros, o das horas e o dos minutos, estão nomesmo ponto do círculo do tempo.Poderíamos criar um “relógio cósmico” fazendo um mostrador com sete divisõesnumeradas, ao invés das doze divisões dos relógios comuns. E poderíamos colocar neletrês ponteiros. O ponteiro menor, que anda mais devagar, indicaria o número da Rondaem que está a onda de vida humana. O segundo ponteiro, mais rápido, indicaria a Raçaque recebe o foco central. O terceiro ponteiro deste relógio setenário, ainda maior emais rápido, indicaria a sub-raça que predomina em determinado momento dawww.filosofiaesoterica.com 6humanidade. Estamos na quarta ronda, na quinta raça, e na quinta sub-raça; mas oterceiro ponteiro aponta já para os primórdios e o quase alvorecer da sexta-sub-raça.Os primeiros indivíduos da sexta sub-raça da quinta raça-raiz começam a surgir,segundo escreve H.P.B. em “A Doutrina Secreta”[4]. A criação do movimento esotéricomoderno e da sua filosofia no final do século 19 está relacionada com a aceleração desteprocesso, e também com o correspondente despertar da função búdica, o sextoprincípio.O despertar ocorre a partir da purificação mental. Tal purificação, por sua vez, dependeda capacidade do quinto princípio humano de erguer-se acima de toda crença cega, e devencer os vários outros fatores que tendem a escravizá-lo. Ele deve purificar Kama, oquarto princípio, sede das paixões animais e principal fonte dos apegos e rejeiçõesinstintivos.Esta é uma luta dura. O caminhante espiritual pode ser descrito como um guerreiro.Alguns dos laços aprisionadores podem ser bastante sutis e ter toda a aparência deespirituais. Daí os testes pseudo-teosóficos e pseudo-esotéricos em geral. Manas é umprincípio dual, e Kama-Manas sempre tratará de dar uma roupagem elegante e atéespiritual aos sentimentos inferiores. Assim, o surgimento luminoso de Buddhi-Manasé muitas vezes lento, complexo e cheio de episódios enganosos. Este é o desafio queestá diante de cada um de nós. Ele corresponde ao próximo passo da humanidade, queinclui milhares de anos, mas que tem um momento decisivo no século 21.É através da expansão mental e do despertar da intuição que o estudante se capacita paraperceber o processo maior da evolução. O que a literatura teosófica original faz é darindícios. A busca da verdade sobre os ciclos da vida deve ser um processo autônomopor parte de cada estudante.A correspondência entre o pequeno e o grande, o microcosmo e o macrocosmo, o serhumano e o universo, está colocada com suprema clareza na carta número 44 de “Cartasdos Mahatmas Para A. P. Sinnett”. Respondendo à primeira de uma série de perguntasde Alfred Sinnett, um Mahatma afirma:“Nada na Natureza passa subitamente a existir. Tudo está sujeito à mesma lei daevolução gradual. Uma vez que tenha compreendido o processo do maha-ciclo [5] deuma única esfera, você terá compreendido todos eles. Um homem nasce como o outro;uma raça surge, se desenvolve e declina como a outra e como todas as outras raças. ANatureza segue o mesmo curso, desde a ‘criação’ de um universo até a de um mosquito.Ao estudar a cosmogonia esotérica, tenha presente uma visão espiritual do processofisiológico do nascimento humano, avance da causa para o efeito, estabelecendo, àmedida que prossegue, analogias entre o nascimento de um homem e o de um mundo.Em nossa doutrina você sentirá a necessidade de seguir o método sintético; terá deabarcar o todo, isto é, fundir o macrocosmo e o microcosmo, antes de estar capacitadopara estudar as partes separadamente ou analisá-las de modo proveitoso para suacompreensão. A Cosmologia é a fisiologia do universo espiritualizado, porque só háuma lei.” [6]www.filosofiaesoterica.com 7Aqui está mencionada a íntima correspondência entre a anatomia oculta do ser humano,com seus sete princípios, e a anatomia oculta ou “fisiologia espiritual” do universo, e doplaneta que habitamos.H.P.B. aborda o tema dos sete princípios em “A Chave Para aTeosofia”[7]. Ela começa dizendo que Platão era um iniciado eensinava que o homem era constituído de três partes: um corpomortal, uma alma mortal, e uma alma imortal. Esta é aclassificação dos princípios que foi cautelosamente adotada emuma obra anterior de H.P.B., “Ísis Sem Véu”: espírito imortal,alma animal ou mortal, e corpo físico. Só mais tarde os Mestresrevelaram através de H.P.B. algo que até aquele momento erasecreto: a chave setenária de correspondência entre o indivíduoe o cosmo. Esta é a chave para a “música” das esferas ouglobos, com suas sete notas musicais básicas, que correspondemàs sete cores do espectro solar e aos sete planetas daantiguidade. Estes são os sete planetas que se relacionam mais diretamente com nossahumanidade.H.P.B. dividiu os sete princípios em dois grupos, simbolizados por duas figurasgeométricas: o quaternário inferior e a tríade superior. Vejamos a seguir alguns poucosdados sobre cada um deles.1) O primeiro princípio, Sthula-Sharira ou Rupa em sânscrito, é o corpo físico.Durante a vida, ele recebe os efeitos do tipo de funcionamento de todos os outrosprincípios, e é o veículo e instrumento deles. A regra geral é que quanto mais ativos osprincípios superiores, mais saúde e mais longevidade terá o corpo físico. As numerosasexceções correm por conta dos desafios cármicos (individuais ou coletivos) que sãoenfrentados no discipulado. Temos numerosos exemplos disso na vida de místicos epensadores de todas as era, incluindo a vida de H.P.B. (cujo trabalho nos planosinternos causava limitações fisiológicas) e a curta existência de Subba Row, umdiscípulo avançado dos Mahatmas. Uma vida abstrata, dedicada aos níveis elevados deconsciência, também pode causar uma vida biologicamente curta através do autosacrifícioou de uma forte indiferença pelas coisas do mundo externo, como foi o casodo filósofo Baruch Spinoza. De um modo geral, porém, a boa saúde da alma é um fatorque tende a criar uma boa saúde do corpo. Os gregos tinham como lema: “Mentesaudável em corpo saudável”. [8]O Sthula-sharira também pode ser visto como uma página, na qual vão sendoimpressos ao longo da vida as ações dos seis princípios superiores a ele, de um lado, eas influências do meio externo, de outro lado.Sthula-sharira é o ponto de encontro do meio físico com o meio sutil, e recebe asinfluências de ambos. Por meio dele, as influências externas alcançam os princípiossutis da consciência, e, por outro lado, as ações sutis do indivíduo alcançam o meioexterno.Não é Sthula-sharira, pois, o princípio que luta de fato contra as influências benéficasda tríade superior ou alma imortal. É Kama que divide e disputa com a tríade superior,Atma-Buddhi-Manas, a influência sobre Sthula-sharira. O corpo físico em si é umwww.filosofiaesoterica.com 8templo; mas a ignorância atrai mercadores para o templo, segundo a imagem do NovoTestamento, e eles devem ser expulsados. Os mercadores simbolizam a preguiça, osdesejos egocêntricos e as indulgências criadas pelo quarto princípio, Kama, enquantoeste princípio não é libertado dos efeitos da ignorância espiritual.2) O segundo princípio é Prana, o princípio vital. Ele é a força vital indispensávelpara os quatro princípios inferiores. Ao longo da aprendizagem da alma, a crescentepureza de Kama, o quarto princípio, é essencial para que as energias vitais de Prana, osegundo, sejam usadas corretamente.3) O terceiro princípio, Linga-Sharira, é o modelo ou a forma astral. O Linga-Sharira, segundo Helena Blavatsky escreveu em “A Chave Para a Teosofia” e outrasobras, é o modelo, o duplo, o fantasma, o aspecto forma. Quando Blavatsky usa otermo astral, está pensando nestes termos. Linga-Sharira é o reservatório de vida parao corpo, é o meio concreto pelo qual Prana vitaliza o corpo físico. É a estrutura sutil,carmicamente determinada, que capta Prana e o conduz para o corpo físico. Um dosseus aspectos é o moderno “patrimônio genético”. Mas ele é também os skandhas, osregistros cármicos de vidas passadas e de etapas anteriores da vida atual.4) O quarto princípio, Kama, é a sede das emoções, desejos e paixões. É o centro dohomem animal. No quarto e no quinto princípios está a linha de demarcação entre ohomem mortal e o homem imortal. Em “A Chave Para a Teosofia”, HPB qualifica oquarto princípio como Kama-Rupa. Rupa significa corpo, forma. Mas HPB usou estetermo apenas em relação à situação posterior à morte física, quando, de fato, Kamaadota uma forma. Seria um erro chamar o quarto princípio humano de Kama-Rupa.Ele só se torna Rupa, corpo ou forma, depois da morte. Ele representa, isto sim, oselementos cármicos do ser humano; as emoções de ordem pessoal.O quarto princípio torna-se puro através da lealdade à alma imortal.5) O quinto princípio, Manas, é a mente, a inteligência, um princípio dual em suasfunções. H.P.B. afirma que a luz da mente liga a mônada imortal (Atma-Buddhi) aohomem mortal. Ela acrescenta:“O estado futuro e o destino cármico do homem dependem de se Manas gravita maispara baixo, em direção a Kama-Rupa, o lugar das paixões animais, ou para cima emdireção a Buddhi, o ego espiritual. No segundo caso, a consciência superior dasaspirações espirituais individuais da mente (Manas), assimilando Buddhi, é por esteabsorvida formando o Ego que entra na bem-aventurança devachânica”. [9]Neste trecho H.P.B. menciona o fato de que, no pós-morte, há o surgimento de um novo“eu” ou ego, depois que a consciência superior vence a consciência inferior e secapacita para entrar no local bem-aventurado que é o Devachan (literalmente, “localdivino”).Este processo é descrito na carta 68 de “Cartas dos Mahatmas” [10]. A carta aborda oDevachan, o estágio abençoado que existe no longo intervalo entre duas vidas físicas.www.filosofiaesoterica.com 9Porém, o fato de Manas gravitar mais em função de Buddhi ou de Kama não é decisivoapenas para o que ocorrerá depois da morte física. Ele é decisivo, também, para aqualidade da vida de cada cidadão, e cada coletividade, aqui e agora.O que fazer, então, para que nossa vida possa gravitar em torno do eu superior e daconsciência búdica?H.P.B. considerava que a opção consciente entre a vontade nobre e firme e o desejopessoal e oscilante é um fator decisivo para a vida de Manas, e também para aformação do o carma presente e futuro de todo indivíduo.6) O sexto princípio, Buddhi, é a alma espiritual. É o veículo ou instrumento deAtma, o espírito universal puro. Buddhi é o sentimento de que estamos em unidadeinterior com o Universo. É a fonte da intuição espiritual. Um detalhe: em uma dascartas dos Mahatmas [11], um Mestre estabelece uma relação entre o sentimento deremorso e o princípio búdico. Buddhi está ligado, portanto, à nossa “voz daconsciência”, que às vezes aprova, e outras vezes reprova o que fazemos durante o usodo nosso livre arbítrio. Ouvir esta consciência é um exercício possível e útil para todos.O despertar de Buddhi exige coerência crescente entre o que se sente, o que se pensa, sefala e se faz. Esta coerência fundamental (que nem sempre é óbvia) purifica oquaternário e faz com que a luz de Atma-Buddhi possa brilhar verticalmente com menosdistorção, à medida que desce do nível superior para os níveis densos da vida.7) O sétimo princípio, Atma, é o espírito. É o verdadeiro eu. É uno com o absoluto, epor isso não é exatamente um princípio humano, exceto quando projetado por Buddhi,seu veículo, em direção a dimensões mais limitadas. Vale a pena registrar que nasCartas um Mahatma cita Platão e Pitágoras para explicar que, na verdade, Atma eBuddhi não estão no interior do ser humano:“Nem Atma nem Buddhi jamais estiveram dentro do homem − um pequeno axiomametafísico que você pode estudar com proveito em Plutarco e Anaxágoras. (...) Plutarcoensinava, com base em Platão e Pitágoras, que o demonium [12] ou (...) nous semprepermanecia fora do corpo; que ele flutuava ou inspirava, digamos assim, a extremidadeda cabeça humana; é apenas a opinião vulgar que sustenta que ele está dentro.” [13]Entre a tríade imortal e o quaternário mortal, funciona Antahkarana, a ponte que ligaBuddhi-Manas a Kama-Manas. Os sete princípios da consciência humana são a escadade Jacó que liga céu (Atma) e terra (Sthula-sharira, corpo físico). A alegoria da escadapara o céu está em Gênesis, 28:10-12.Em “A Chave Para a Teosofia” [14], H.P.B. relaciona os sete princípios do homem coma constituição setenária do nosso planeta. E acrescenta:“A nossa filosofia nos ensina que, assim como há sete forças fundamentais na naturezae sete planos de existência, há também sete estados de consciência nos quais o homempode viver, pensar, lembrar-se e ter o seu ser.”www.filosofiaesoterica.com 10Segundo a teosofia original, tudo no ser humano e no cosmo deve ser estudado do pontode vista do esquema setenário. Na ciência esotérica, se você não sabe de que ponto devista está falando, não sabe do que está falando. Tratemos, pois, de resumir e fixar bemna memória as palavras-chave do esquema setenário:1 - Sthula-Sharira – o veículo, corpo ou instrumento físico;2 - Prana − a vitalidade;3 – Linga- Sharira – o astral, o duplo, o modelo, o corpo-fantasma;4 - Kama − o princípio que é sede das paixões animais e dos sentimentos de apego erejeição;5 - Manas – a mente, o princípio dual, gravitando ora em torno de Buddhi, ora em tornode Kama;6 - Buddhi – alma espiritual, compaixão universal, o veículo de Atma;7 - Atma − o princípio supremo, que existe em unidade com o absoluto.Estes sete princípios estão divididos em dois grupos. O quaternário inferior gravita emtorno do físico. A tríade imortal gravita em torno de Atma. Entre a triade e o quaternárioexiste uma ligação chamada antahkarana. E antahkarana é, tecnicamente, a “ponte”entre Manas inferior e Manas superior.Para efeitos didáticos, podemos visualizar o esquema setenário da seguinte forma:www.filosofiaesoterica.com 11Uma imagem alegórica, limitada, do movimento dinâmico destes sete princípios podeser a seguinte.Quando Atma, o princípio supremo, olha para baixo, sente compaixão e se tornaBuddhi, uma alma espiritual. Quando Buddhi olha para baixo, tem pensamentosuniversais que vêem a diversidade externa do ponto de vista da unidade interior, e setorna Manas em seu aspecto mais elevado. Quando Manas olha para baixo, fica preso,ou tende a ser preso por Kama, e se torna Kama-Manas. Ao olhar para baixo, Kama-Manas enxerga Linga-Sharira. Este é o modelo astral que reúne os registros cármicosde vidas anteriores. É o arquétipo de um corpo físico, preparado pelo Carma. Lingashariraolha para baixo e localiza Jiva, a vida no sentido absoluto. Absorve Jiva eforma Prana, o princípio vital. Assim se cria, renova e fortalece Sthula-sharira, ocorpo físico.No ciclo ascendente, a volta para casa é a marcha evolutiva em que o foco deconsciência olha cada vez mais para cima.Esse não é o único esquema setenário possível quando se pensa em descrever os váriosníveis de consciência do ser humano. A classificação dos princípios, e mesmo a ordementre eles, pode variar de um indivíduo para outro. As descrições gráficas são apenasaproximações e devem servir como estímulo para o despertar da autoconsciência.Ao tentar compreender racionalmente o mistério dos sete princípios, alguns estudantesalegam que o esquema referencial dado por H.P.B. é complexo e imperfeito. E isso éverdade. Sobre certos temas, a teosofia não transmite publicamente mais do que esboçosgerais e fragmentários, cuja compreensão parcial deve estimular a intuição de cadaestudante. Não se pode fotografar o vento, e o espírito é sutil como o vento.É verdade que a literatura pseudo-teosófica criada por Annie Besant, CharlesLeadbeater e seus seguidores busca apresentar a teosofia como se ela fosse simples,linear, como se dependesse de crença cega e estivesse ligada a rituais. Tal subliteratura éuma paródia da verdadeira teosofia e deve ser abandonada sem hesitação. Durante suadiscussão com Subba Row em torno da classificação dos princípios da consciência,Helena Blavatsky escreveu:“O que é esotérico deve ser mais deduzido do que ensinado abertamente.” [15]Na realidade, o processo racional comum só pode obter fragmentos da verdade. Querercapturar as realidades da quarta e quinta dimensões com imagens mentaistridimensionais é como pretender guardar o vento do topo das montanhas em umpequeno vidro fechado com tampa de metal. A importância do estudo é que ele servecomo uma base da qual se salta para o plano intuitivo.A Carta de 1900, a última recebida de um Mahatma, informa como os Adeptostrabalham:“Em períodos favoráveis, liberamos influências elevadoras que impressionam váriaspessoas de diferentes maneiras. É o aspecto coletivo de muitos destes pensamentos quepode dar o rumo correto à ação...” [16]www.filosofiaesoterica.com 12Isto pode levar-nos a perceber que a energia oculta está além das faixas vibratórias queo hemisfério esquerdo e lógico-linear do cérebro é capaz de captar. Diferentesindivíduos têm diferentes graus e tipos de consciência e captam ângulos e aspectosdiferentes da energia oculta, ou essencial. Ou seja, não há como colocar em palavras oque é oculto. O estudante tem de se erguer acima das classificações lineares, que sãoapenas como réguas indicando o real, e não o real.O livro “O Mundo Oculto”, de Alfred P. Sinnett, publica várias cartas dos Mahatmas.Ali um Mestre explica, em um trecho de importância decisiva para que se compreendacomo ocorre o contato entre o Mestre e o aspirante ao discipulado:“Só o progresso que uma pessoa faça no estudo do conhecimento Arcano a partir dosaspectos rudimentares a leva a compreender gradualmente o nosso propósito. Somenteassim, e não de outra forma, ela o faz fortalecendo e refinando aqueles misteriosos laçosde simpatia que unem os seres inteligentes – fragmentos temporariamente isolados daAlma universal e da própria Alma cósmica – trazendo-os a uma completa harmonia. Éassim, e não de outro modo, que estas simpatias despertadas servirão, na verdade, paraconectar o ser humano com aquilo que, na falta de um termo científico europeu maisacertado, sou novamente compelido a descrever como aquela cadeia energética que uneo cosmo material e imaterial – passado, presente e futuro – acelerando as suaspercepções de modo que ele capte claramente não apenas todas as coisas materiais, mastambém as espirituais. Sinto-me até irritado ao ter que usar estas três palavrasdesajeitadas, passado, presente e futuro! Como conceitos miseravelmente estreitos defases objetivas do Todo Subjetivo, elas são tão inadequadas neste sentido quanto seriaum machado para fazer um trabalho delicado de escultura.” [17]A visão oculta do ser humano é complexa. É multidimensional. As palavras não sãocapazes de descrevê-la adequadamente. Chega-se a ela por um salto interior,espontâneo, involuntário, que ocorre a partir de muitas pequenas evidências recolhidasno mundo tridimensional.Este ponto de vista intangível, do qual o estudante olha para toda vida dentro e fora desi, deve iluminar também a sua vida concreta. Além de estudar o esquema setenário deBlavatsky e outros esboços dos princípios da consciência, o estudante deve perguntar asi mesmo, do ponto de vista prático e vivencial, qual tem sido o funcionamentocotidiano dos seus vários “eus”, colocados em uma escala vertical.Ele deve avaliar o seu “eu” físico, incluindo o grau de pureza dos seus alimentos e aquantidade de exercício adequado que pratica no trabalho ou durante o lazer, assimcomo o seu descanso. Estes são fatores importantes para o seu segundo princípio. Eledeve examinar o seu “eu” emocional animal, Kama, com as suas diversas variantes, quese estruturam conforme as diferentes situações concretas que vive. O comportamento deKama é igualmente importante para o funcionamento eficaz do segundo princípio,Prana.O estudante deve observar seu “eu” mental − com suas opiniões e raciocínios objetivos,e ver honestamente, sem autocondenação ou autojustificação, se ele gravita mais emtorno do sexto princípio ou do quarto princípio. A palavra “eu”, aqui, é usada no sentidode “centro organizador da consciência conhecida”.www.filosofiaesoterica.com 13Os ensinamentos teosóficos ganham significado novo a cada instante. O estudante osgrava em sua própria alma, à medida que capta neles camadas superiores de significadoe que os transforma em uma parte coerente da sua vida diária. Não por acaso Platãoescreveu:“Eu falo da palavra inteligente gravada na alma do aprendiz...” ( “Phaedrus” [276] )Embora a teosofia de H.P.B. ainda seja recente – tendo sido dada à humanidade hámenos de 200 anos – ela já pode ser em parte compreendida e vivenciada. Cada vezmais atual, a obra de H.P.B. veio na frente e está abrindo caminho para passosevolutivos que a mente humana de hoje apenas é capaz de ensaiar precária edesajeitadamente, enquanto sonha com uma humanidade mais sábia e mais fraterna.


NOTAS:
[1] “Fundamentos da Filosofia Esotérica”, H. P. Blavatsky, org. Ianthe Hoskins, Editora
Teosófica, Brasília, 90 pp., ver pp. 77 e seguintes.
[2] Veja “A Doutrina Secreta”, H. P. Blavatsky, Editora Pensamento, SP, vol 1, pp.
196 e seguintes. Há dois tipos de ronda. A ronda terrestre percorre as sete raças do
globo D. A ronda planetária percorre os sete globos. Sobre os dois tipos de ronda, veja
“The Secret Doctrine”, H.P. Blavatsky, Theosophy Co., volume I, p. 160.
[3] Citado no livro “O Poder da Sabedoria”, Carlos Cardoso Aveline, Ed. Teosófica,
Brasília, 1999, terceira edição, edição, p. 30.
[4] “A Doutrina Secreta”, H.P.B., obra citada, vol. 3, p. 462.
[5] Maha-ciclo: “Maha” significa grande”, em sânscrito.
[6] “Cartas dos Mahatmas Para A.P. Sinnett”, Editora Teosófica, Brasília, 2001, dois
volumes, Carta 44, volume I.
[7] “A Chave Para a Teosofia”, H. P. Blavatsky, Capítulo VI. Há várias edições da
obra.
[8] Sobre o corpo físico, veja o capítulo 14, “O Corpo Inseparável da Alma”, na obra
“Três Caminhos Para a Paz Interior”, Carlos Cardoso Aveline, Ed. Teosófica, Brasília,
2002, pp. 113-126.
[9] “A Chave Para a Teosofia”, Capítulo VI, subtítulo “A Natureza Setenária do
Homem”.
www.filosofiaesoterica.com 14
[10] “Cartas dos Mahatmas Para A. P. Sinnett”, obra citada, volume I. Trata-se da
carta 16 nas edições não-cronológicas (em inglês) das “Cartas dos Mahatmas”.
[11] “Cartas dos Mahatmas Para A .P. Sinnett”, obra citada, veja a Carta 42.
[12] “Demônio”, originalmente, significa “espírito” em grego. Foi a ortodoxia cristã
que, para melhor dominar os povos “pagãos”, deu significado negativo à palavra, o que
serviu de justificativa para perseguições.
[13] “Cartas dos Mahatmas Para A.P.Sinnett”, obra citada, volume I, carta 72.
[14] “A Chave para a Teosofia”. Veja o capítulo VI, subtítulo “Sobre a Constituição
Setenária do Nosso Planeta”.
[15] Texto intitulado “Classification of ‘Principles’”, publicado na coletânea em três
volumes em “Theosophical Articles”, Helena P. Blavatsky, Theosophy Co., Los
Angeles, 1981, ver volume II, p. 233.
[16] O texto incompleto da Carta de 1900 está em “Cartas dos Mestres de Sabedoria”,
editadas por C. Jinarajadasa, Ed. Teosófica, Brasília, Carta 46, primeira série, p. 106.
Leia a íntegra da carta no boletim “O Teosofista” número três, de agosto de 2007. Ele
está na seção “O Teosofista” do website www.filosofiaesoterica.com.
[17] “O Mundo Oculto”, Alfred P. Sinnett, Editora Teosófica, Brasília, 2000, ver p. 142.
Visite o website www.filosofiaesoterica.com .
Sobre o tema dos sete princípios, veja também a obra “Três Caminhos Para a Paz
Interior”, de Carlos Cardoso Aveline, Editora Teosófica, Brasília, 2002, 191 pp.

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