AS SETE RAÇAS
Artigo publicado no jornal Diário de São Paulo
Autor: SBE
Parte I
"Desde os ensinamentos de Helena
Petrovna Blavatsky sabemos que a Humanidade atual se situa na Quarta
Cadeia, na Quarta Ronda, no Quarto Sistema Evolucional. É preciso ainda
estarmos de pleno conhecimento que esses períodos de Cadeias, Rondas e
Sistemas adotados pela Sabedoria Iniciática das Idades não abarcam
exclusivamente as formas vivas que estamos acostumados a ver nos
compêndios de Paleontologia. Essas divisões compreendem períodos
imensamente maiores, atingindo épocas que somente agora a ciência começa
a vislumbrar. Assim, tais formas, embora até hoje nem sequer
suspeitadas pelos cientistas, não deixaram de constituir pegadas
indeléveis no fantástico caminhar da Mônada. Há mais de sete lustros que
o professor Henrique José de Souza, dirigente supremo da Sociedade
Teosófica Brasileira (hoje SBE), através dos ensinamentos – verdadeiras
revelações – vem procurando ministrar tais conhecimentos necessários à
preparação da Humanidade para a Era de Aquárius, conhecimentos que a
própria Helena Petrovna Blavatsky, notável autora de obras tão notáveis,
não pôde em seu tempo divulgar, embora anunciasse a vinda de alguém no
início do século XX, que teria o direito de fazer". (transcrito de
trabalho publicado em "Dhâranâ", Órgão Oficial da Sociedade Teosófica
Brasileira, nº 13 e 14, Janeiro a Junho de 1960).
O presente trabalho, por sua vez também
calcado nos ensinamentos do nosso Venerável Mestre, tem por escopo
reproduzir uma de suas magníficas lições, onde procuraremos abordar os
fatos relacionados com as Sete Raças-Mães e respectivas Sub-Raças, agora
que nos encontramos já na 5ª Sub-Raça da Quinta Raça-Mãe.
A 1ª Raça-Mãe, Etérica
ou "Filhos da Ioga", sob a regência do planeta Sol, denominada Adâmica,
pertenceu ao que os geólogos denominam de Era Primitiva (sistemas
Arqueano e Algonquiano). Habitou o Jambu Dwipa, hoje calota polar norte,
segundo a denominação dada pelos Puranas, livro sagrado da Índia.
Descendeu dos Pitris Barishads ou Progenitores Lunares sob a égide de
Netuno.
Não foi gerada fisicamente, mas formada
pelo divino poder mental ou Kriya-Shakti, Filha dos deuses ou Elohim,
enquanto mergulhados na meditação do Ioga, teria sido astral e traria o
princípio espiritual Atmã, cego, como princípio interior, apresentando
rudimentos do sentido auditivo e respondendo aos impactos do fogo. Sua
aparência nada mais era do que formas (Bhutas) frustras, filamentosas,
de cor prateada, sem sexo, formas quase protistas, que saíram do corpo
sutil dos seus progenitores – os Elohim. Quase sem consciência, tanto
podiam viver em pé, como caminhar, correr e voar. Assexuados, a
reprodução, tal como nos protozoários, se fazia por cissiparidade (a
princípio dividiam-se em duas partes iguais (metades). Mais tarde em
partes desiguais, fazendo surgir descendentes menores que cresciam, por
sua vez, e produziam, pelo mesmo processo outros descendentes).
A 2ª Raça-Mãe, a Hiperbórea,
da Era Primária, regida pelo Planeta Júpiter, que se teria desenvolvido
entre os sistemas Cambriano e Siluriano, correspondendo ao continente
Plaska Dwipa dos arquivos ocultos, ocupou o norte da Ásia, a
Groenlândia, o Spitzberg, uma parte da Suécia, da Noruega e das Ilhas
Britânicas. Era descendente dos Progenitores Solares ou Pitris
Agnisvatas, sob a influência de Urano e ainda gerada pelo mesmo processo
da Raça anterior. Possuía corpo etérico e trazia o princípio Búdico ou
Intuição ligado a Atmã, juntando o sentido do tato ao da audição,
respondendo aos impactos do ar e do fogo. Como a que lhe antecedeu, eram
formas mal definidas, filo-arborescentes, com reflexos brilhantes,
ígneas, de cor avermelhada, com tonalidades douradas, insinuando
aspectos ora animais, ora quase humanos. Reproduziram-se, a princípio,
como na primeira raça, ou seja, por cissiparidade, conforme os
protozoários, para, numa segunda fase, chamarem-se "nascidos do suor",
com vaga manifestação dos dois sexos, donde o apelido de andróginos
latentes. Observamos então que, quanto ao aspecto, os "espíritos da
natureza" construíram a esse tempo, em torno dos "Chayas", moléculas
mais densas de matéria, formando uma espécie de escama exterior. Desse
modo, o "Chaya" exterior da 1ª Raça passou a ser o interior da 2ª, para
não dizer o seu "duplo etérico" – algo assim como se disséssemos que uma
roupa nova foi vestida por cima da velha... Tais Raças-Mães, pela
peculiar constituição de seus indivíduos, não eram fossilizáveis. Assim,
jamais a Ciência poderia descobrir qualquer vestígio de antepassado
"pitecóide do homem primitivo", simplesmente porque este possuía apenas
um corpo etérico-astral (Chaya), ou seja, sem esqueleto.
A 3ª Raça-Mãe, a Lemuriana,
habitou o terceiro continente, Shalmali Dwipa, que os geólogos conhecem
por Gondwana e a geologia situa entre as Eras Primária e Secundária e
nos sistemas Devoniano, Carbonífero, Permiano, Triássico (apogeu da
Lemúria), Jurássico e mesmo Cretáceo. Surgiu pela modificação ocorrida
com a emersão da imensa cadeia do Himalaia. Mais ao sul, os continentes
se elevam, para leste, ao lado do Ceilão, da Austrália até a Tasmânia e a
Ilha de Páscoa; para oeste, até Madagascar. Uma parte da África emerge
igualmente. Dos continentes precedentes, a Lemúria conserva a Suécia, a
Noruega e a Sibéria. A Atmã e Budhi, princípios já desenvolvidos nas
duas Raças-Mães anteriores, infundiu-se o mental (ou Manas), por mérito
dos Pitris Kumaras ou Luciferinos. Alcançou-se um estado de consciência
que responde aos impactos do ar, do fogo e da água, formando o sentido
da visão, acrescentando aos da audição e do tato das duas Raças
anteriores. Os órgãos visuais desenvolveram-se durante a evolução da
Raça Lemuriana. No começo era um olho só, no meio da fronte; mais tarde
se formaram os dois olhos, porém, estes somente foram utilizados na
Sétima Sub-Raça (entretanto, apenas na 4ª Raça-Mãe, chamada Atlante, é
que eles se tornaram o órgão normal da visão, processando lentamente a
interiorização do "olho central". Este passou a constituir a chamada
glândula pineal, cujas funções e secreções os próprios endocrinólogos
ainda desconhecem). Possuíam tais seres, além daquele olho frontal, mais
dois orifícios na face: um, correspondendo às narinas e outro
relacionado com a boca. É sob a égide dos Planetas Vênus e Marte que a
3ª Raça-Mãe obtém o mental, com o conseqüente desenvolvimento do cérebro
e, de modo geral, o sistema nervoso da vida de relação.
O desenvolvimento do cérebro fez surgir o
raciocínio e, portanto, o sentimento de Ahankara ou de egoidade (eu
sou), permitindo que a "alma grupo", produto do trabalho dos Pitris das
Raças anteriores, se individualizasse, surgindo as idiossincrasias, os
obstáculos de toda sorte à evolução de cada homem, aparecendo na Terra o
Bem e o Mal.
Não possuíam intuição individual alguma:
obedeciam estritamente e sem esforço a qualquer impulso provindo dos
Reis Divinos, sob cujas ordens construíram "grandes cidades", monumentos
e Templos Ciclópicos (seus fragmentos subsistem ainda na Ilha de Páscoa
e em outros lugares do Globo). Durante a primeira e segunda Sub-Raças
da 3ª Raça-Mãe ou Lemuriana, a linguagem consistiu, apenas, em gritos de
dor e de prazer, de amor e ódio; na terceira Sub-Raça a linguagem
tornou-se monossilábica. As formas humanas então existentes ainda se
reproduziam como os "nascidos do suor", um dos três tipos principais de
reprodução, igual aos das primeira e segunda Raças-Mães, nos seus
primórdios; os sexos são, apenas na segunda Sub-Raça, desvendados e as
criaturas nitidamente andróginas, tendo distintamente o tipo humano;
posteriormente, como segundo tipo de reprodução, produziram-se
hermafroditas bem desenvolvidos desde o nascimento e capazes de se
moverem ao saírem do ovo. Suas formas serviram de veículos a uma
Jerarquia de Seres, veladamente designados em muitas obras teosóficas
como "Senhores de Vênus"... na verdade Barishads e Agnisvatas... por sua
vez, veículos para a ação de Assuras e Kumaras... na transmissão do
germe do "Mental Emocional" (Kama-Manas), do princípio já mencionado de
egoidade (Ahankara) e (polarização de Prana) separação dos Sexos, sob a
égide de Marte. Na 4ª Sub-Raça, um dos sexos começou a predominar sobre o
outro e, pouco a pouco, começaram a sair do ovo, distintamente, machos e
fêmeas; os filhos passaram a exigir mais cuidado e, nos fins desta
Sub-Raça, eles já não podiam caminhar sozinhos ao sair do ovo.
Na fase seguinte, ou seja, num terceiro
tipo de reprodução, continuam nascidos do ovo (5ª, 6ª e 7ª Sub-Raças),
porém, pouco a pouco, o ovo é retido no seio materno; nas 6ª e 7ª
Sub-Raças, a reprodução sexual se torna universal e a gestação se
processa intra-uterina. As paixões sexuais tornaram-se poderosas depois
da separação dos sexos: alguns Agnisvatas e Barishads (Pitris Solares e
Lunares) foram atraídos por elementos de classe inferior (menos
evoluídos), com os quais produziram tipos também de pouco valor. Daí, o
primeiro conflito entre os Pitris que ficaram puros e submissos às Leis
da Divina Jerarquia e os que cederam ao prazer dos gozos sexuais. Os
mais puros emigraram, pouco a pouco, para o Norte; os corrompidos foram
para o Sul, Leste e Oeste, aliando-se aos grosseiros elementais,
tornando-se adoradores da matéria, lançando o germe da "queda Atlante"
posterior, de cuja Raça foram os pais. As imagens destes gigantescos
lemurianos foram mais tarde adoradas nas 4ª e 5ª Raças, como Deuses e
Heróis... e disto encontram-se vestígios na mitologia de todos os povos,
principalmente dos gregos. Os aborígenes da Austrália e da Tasmânia
provêm da 7ª Sub-Raça Lemuriana; os malaios, papuas, hotentotes e
dravídicos do sul da Índia surgiram de uma mistura desta última Sub-Raça
com as primeiras Sub-Raças Atlantes. Todas as raças nitidamente negras
possuem ascendência Lemuriana. No decorrer dos tempos, o Continente
Lemuriano teve de suportar numerosos cataclismos, conseqüentes de
erupções vulcânicas e tremores de terra; uma enorme depressão começou na
Noruega e o antigo continente desapareceu durante algum tempo sob as
águas. Tendo surgido há cerca de 18.000.000 (dezoito milhões) de anos no
Siluriano da Era Primária, foi quase totalmente destruído por uma
grande convulsão vulcânica, na Era Terciária, cerca de 700.000 anos
antes do Eoceno, não restando senão alguns destroços como a Austrália,
Madagascar e as Ilhas de Páscoa. Em pleno desenvolvimento da Raça
Lemuriana produziu-se uma extraordinária mudança de clima, que fez
desaparecer os últimos vestígios da 2ª Raça-Mãe (hiperbórea), assim como
os representantes dos primeiros tipos da 3ª Raça-Mãe. Da Raça Lemuriana
são as estátuas que se encontram na Ilha de Páscoa e cuja altura
variando de 34 a 16 metros, causam a mais viva admiração a arqueólogos e
geólogos. As grandes fendas ou aberturas que se notam ainda, nos
ciclópicos de várias partes do mundo, explicam a afirmativa de que os
"Lemurianos eram de estatura gigantesca". Tais fendas ou aberturas não
são mais do que "portas e janelas" de suas "residências".
Parte II
Na apresentação da primeira parte deste
artigo, tivemos ocasião de salientar tratar-se de simples repetição de
ensinamentos ministrados em nosso colégio Iniciático pelo Venerável
Professor Henrique José de Souza, Dirigente Supremo da SOCIEDADE
TEOSÓFICA BRASILEIRA (hoje SBE), dos quais nos temos aproveitado para
transmitir, aos prezados leitores, as Revelações cíclicas actuais,
relacionadas com o trabalho que cumpre à nossa Pátria realizar, por ser a
região que irá servir para a Nova Civilização, a Nova Humanidade, da
Era de Aquário ou do Avatara Mitra-Deva.
Cumpre-se, então, a profecia daquela que
foi denominada "Uma mártir do século XIX" e, na sua época, a detentora
de conhecimentos que puderam ser transmitidos através das valorosas
obras que publicou, destacando-se entre outras "Ísis sem véu" e "A
Doutrina Secreta". Queremos referir-nos a Helena Petrovna Blavatsky, que
à página 62 do Vol. I destas segunda obra ("Editorial Kler" –
Argentina, 1957) vaticinou: "No século XX, algum discípulo melhor
informado e com qualidades muito superiores, poderá ser enviado pelos
Mestres da Sabedoria para dar provas definitivas e irrefutáveis de que
existe uma Ciência chamada Gupta Vidya...". como a significar que mais
uma volta seria dada na "Chave" dos conhecimentos do Sistema Esotérico.
Feito este intróito, damos
prosseguimento ao trabalho sobre as SETE RAÇAS-MÃES, relatando o que
mais se segue e ainda quanto à 3ª Raça ou Lemuriana que, como as
anteriores e subsequentes, teve suas sete Sub-Raças.
Vemos, então, que "foi somente no
decorrer desta terceira Raça que ocupou o vasto continente Lemuriano
denominado de Shalmali, nas tradições esotéricas, e hoje desaparecido
sob as águas do Pacífico, que a humanidade se apresentou mais densa e
suas formas se aproximaram daquelas que hoje conhecemos". Isto porque,
biologicamente falando, durante milhões de anos os organismos
hermafroditas foram se aperfeiçoando, até chegar a uma fase em que os
gametas (célula sexual, masculina ou feminina) não mais amadureciam
simultaneamente no mesmo organismo. Com o decorrer dos milênios, um dos
órgãos sexuais aborta por completo: o indivíduo passa a ser nitidamente
masculino ou nitidamente feminino. Foi nos últimos dezoito milhões de
anos, no Sistema Siluriano da Era Primária, conforme dissemos, que os
Lêmures passaram a constituir uma raça dióica, isto é, com os sexos
totalmente separados. Os homens eram de estatura descomunal (comparados
com os das Raças que os sucederam), poderosos, pois necessitavam lutar
contra animais gigantescos, afins com a evolução daquela época,
cosmogônica e antropologicamente falando, como os megalossauros,
pterodáctilos, diplodocos, dinossauros (répteis marinhos) etc.
A separação dos sexos, aliada à
exacerbação dos sentidos, levou a humanidade a se desviar da Lei (aliás,
segundo a Teosofia e o Ocultismo, os macacos antropóides são os últimos
descendentes de cruzamento entre certa classe de homens inferiores e um
tipo de animal parecido com a lontra, havido no fim desta 3ª Raça-Mãe, a
Lemuriana).
Os cataclismos começaram, então, sua
obra destruidora. Os fogos da terra e as estrelas do céus varreram do
mundo o vasto continente, restando a Ilha Branca ou Paradêsa, descrita
por Saint’Yves d’Alveydre, por Annie Besant e outros. Foi nela que se
formou o primeiro núcleo da Grande Fraternidade Branca, também conhecida
por Shuda Dharma Mandalam, como escudo defensor do mistério da Esfinge,
cuja figura representa os quatro animais citados pelo grande vidente de
Patmos, no Apocalipse, e que são: o Touro (ligado aos Barishads ou
Progenitores Lunares); o Leão (relacionado com os Agnisvatas ou
Progenitores Solares); a Águia (proveniente dos Assuras, da Cadeia de
Saturno) e, finalmente, o Homem (expressando os Jivas, da Cadeia de
Marte). Sendo ela, a Esfinge, andrógina, portanto, metade homem e metade
mulher, representava também a quinta etapa a ser atingida, a do
androginismo consciente.
A 4ª Raça-Mãe – Atlântida –
surgiu após a destruição da Lemúria, quando o Sol deixara de brilhar
sobre as cabeças da pequena fração que restou dos "nascidos do suor"; a
duração da vida diminuiu e os homens passaram a conhecer a neve e a
geada. A Atlântida ou Kusha Dwipa, das tradições dos Puranas (que em
sânscrito significa literalmente "antigos", sendo legendas e narrações
de sentido simbólico e alegórico, sobre os poderes e obras dos deuses)
foi o Quarto Continente, a famosa Terra dos Butas ou dos Vermelhos, o
País de Mu, que compreenderia a Índia, o Ceilão, a Birmânia e a Malásia
ao sul; a oeste, a Pérsia, a Arábia, a Síria, a Abissínia, a bacia do
Mediterrâneo, a Itália meridional e a Espanha.
Da Escócia e da Irlanda, então emersas,
estendia-se, a oeste, sobre o que atualmente se denomina de Oceano
Atlântico e a maior parte das duas Américas.
A Raça Atlante foi governada pela Lua e
Saturno. A prática da Magia Negra, sobretudo entre os Toltecas,
predominou em consequência do emprego ilícito dos "raios obscuros da
Lua". A Saturno se deve, em parte, o enorme desenvolvimento do Mental
Concreto que se manifestou nesta Raça, possuindo estado de consciência
de nível Kama-Manas ("Kama", vocábulo do sânscrito, significa: mau
desejo, lascívia, luxúria, concupiscência, apego à existência, tendo
ainda o sentido de apetite, paixão e tudo o que se relacione com as
coisas materiais da vida).
Nesta Raça desenvolveu-se o sentido
gustativo. A linguagem era aglutinante nas 3ª, 4ª e 5ª Sub-Raças,
tornando-se com o tempo, inflexiva, e assim passando à 5ª Raça-Mãe
(Ária).
Das Sub-Raças desta 4ª Raça-Mãe podemos citar:
1) Romoahl povos pastores, que emigraram sob a direção dos Reis Divinos.
2) Tlavatli de cor amarela, civilização pacífica, sob a égide dos seus Instrutores e também dos Reis Divinos.
3) Toltecas de cor avermelhada (escura),
belos, de estatura elevada, poderosa civilização e povo essencialmente
guerreiro, civilizador e colonizador.
4) Turânios guerreiros e brutais, são designados nos antigos documentos hindus com o nome de Rakshasas.
5) Semitas povo turbulento e que deu nascimento (na 5ª Raça-Raiz) à raça judaica.
6) Acádios migradores, espalharam-se na
bacia do Mediterrâneo, dando nascimento aos Pelasgos, Etruscos,
Cartagineses e Citas (Seytas).
7) Mongóis procedentes dos Turânios, espalharam-se principalmente no norte da Ásia.
Uma grande parte dos habitantes da Terra
é, ainda, vestígio dos Atlantes, compreendendo chineses, polinésios,
húngaros, bascos e os índios das duas Américas.
A primeira catástrofe que sofreu a
Atlântida, há 4 milhões de anos, despedaçou-a em sete grandes ilhas de
tamanhos diversos, equiparáveis a sete continentes, trazendo para a
superfície das águas a Escandinávia, grande parte da Europa meridional, o
Egito, quase toda a África e parte da América do Norte, enquanto a Ásia
setentrional afundava-se nas águas, separando, desse modo, a Atlântida
da Terra Sagrada. Essa primeira catástrofe se deu nos meados do período
Mioceno, ou seja, na Era Terciária, e uma das ilhas, verdadeiro
continente por ser das maiores, compreendia o Norte da África até o
Tirreno, o Iucatã e o Brasil, constituindo dilatado império, dividido em
sete reinos, cada qual habitado por uma das sub-raças que a tradição
designa pelos nomes já por nós mencionados, ou seja: Romoahl, Tlavatli,
Toltecas, Turânios, Semitas, Acádios e Mongóis, as quais floresceram
concomitantemente nos respectivos países, conforme se depreende dos
textos bramânicos.
Tais reinos eram governados,
respectivamente, pelos descendentes dos sete primitivos filhos de
Posseidonis e tinham por capitais as duas famosas e riquíssimas cidades
conhecidas como a "Cidade das Portas de Ouro" e a "Cidade dos Telhados
Resplandescentes". Esta última, sede fulgurante construída pelos
Toltecas e Turânios, comandava a região hoje correspondente ao planalto
que se estende pelos confins do Amazonas e Mato Grosso e se liga ao
planalto de Goiás (vide trabalho publicado no órgão oficial da Sociedade
Teosófica Brasileira, a Revista "Dhâranâ", nº 13-14 de janeiro a junho
de 1960, sob o título "Brasília – Capital da Era de Aquarius").
Uma segunda catástrofe que se deu há 200
mil anos, causou o desaparecimento das ilhas anteriores, restando da
velha Atlântida apenas duas ilhas, uma setentrional denominada Ruta e
outra meridional chamada Daitia. A América do Norte e a do Sul, ficaram
separadas, o Egito submergido.
Uma terceira catástrofe ocorrida há mais
de 75 mil anos fez desaparecer Daitia, ficando Ruta reduzida à Ilha de
Posseidonis a que nos referimos, colocada no centro do Oceano Atlântico,
transcrita por Platão no seu diálogo "Timeu e Crítias".
As demais terras do Globo tomaram mais
ou menos as conformações que hoje lhes conhecemos, muito embora as ilhas
Britânicas aparecessem ainda, ligadas à Europa, o mar Báltico não
tivesse feito sua aparição e o deserto do Sahara continuasse um oceano.
Chegou finalmente o ano de 9564 antes de
Cristo, o ano 6 do Kan e 11 Muluk do mês de Zac", segundo as expressões
do Codex Troanus, escrito há 3.500 anos pelos Mayas do Yucatan, e, após
tremendos tremores de terra que se prolongaram "até ao 13 Chuen" a Ilha
Posseidonis, "o País de Mu foi sacrificado", desaparecendo para sempre
no seio das águas, com seus 64.000.000 de habitantes. Esse Codex se acha
atualmente no Museu Britânico e faz parte da magnífica coleção Le
Plongeon.
Outro manuscrito pertencente aos
arquivos de um antigo templo lamaísta, de Lhassa, em língua caldaica,
conta que há 2.000 anos antes de Cristo, "a estrela Baal caiu no lugar
onde hoje só existe mar e céu e as dez cidades, com suas portas de Oiro e
Templos transparentes tremeram e estremeceram, como se fossem as folhas
de uma árvore sacudidas pela tormenta. Eis que uma nuvem de fogo e fumo
se elevou dos palácios. Os gritos de horror lançados pela multidão,
enchiam o ar. Todos buscavam refúgio nos Templos, nas cidadelas e o
sábio Mu, o grande sacerdote apresentando-se, lhes falou:
Não vos predisse eu todas essas coisas?
Os homens e as mulheres cobertos de pedras preciosas e custosas vestes clamaram:
Mu, salva-nos !...
Ao que Mu replicou:
Morrereis com vossos escravos, vossas
riquezas e de vossas cinzas surgirão outros povos. Se eles, porém, vos
imitarem, esquecendo-se de que devem ser superiores, não pelo que
adquirirem, mas pelo que oferecerem, a mesma sorte lhes caberá. O mais que posso fazer é morrer juntamente convosco.
As chamas e o fumo afogaram as últimas
palavras de Mu que, de braço estendido para o Ocidente, desapareceu nas
profundezas do Oceano, com os 64 milhões de habitantes do imenso
continente."
Que poderemos dizer dessas duas tão
antigas tradições existentes em lugares tão diferentes como sejam: uma
na América Central, proveniente da civilização "Maya", cujo manuscrito
se acha hoje, como dissemos, no Museu de Londres, e a outra, no extremo
Oriente, tendo como documento comprobatório o manuscrito guardado em
Lhassa, Capital do Tibete?
Parte III
Após a destruição da Atlântida, conforme
descrição feita no trabalho anterior e que agora damos sequência, teve
nascimento a 5ª Raça-Mãe, a Ária, há um milhão de anos, quando o Manu
Vaivásvata escolheu na Sub-Raça Semítica (Atlante) as sementes que
deveriam servir para dar continuidade à evolução da Mônada,
conduzindo-as à Terra Sagrada Imperecível.
Há perto de 850 mil anos uma primeira
emigração atravessou os Himalaias, espalhando-se no norte da Índia, sob a
regência de Buda-Mercúrio porque tinha por finalidade o desenvolvimento
do intelecto (Manas).
A superfície do globo tendo passado por
inúmeras transformações, emergiram, uma após outra, as partes dos nossos
Continentes atuais que, por uma dessas "coincidências" interessantes
são em número de cinco... tal como o número de ordem da Raça Ária, como
5ª Raça Raiz da presente Ronda.
Em linguagem oculta, estes Continentes têm o nome de Krauncha... que é também o nome de uma montanha do Himalaia.
Após a grande catástrofe há 200 mil anos
e que deixou isolada a Ilha de Posseidonis no meio do Atlântico, os
cinco continentes atuais tomaram a forma que até hoje possuem. No
decorrer dos tempos, nossos Continentes serão destruídos por tremores de
terra, fogos vulcânicos e inundações, como outrora o foram a Lemúria e a
Atlântida, já que a água e o fogo são os dois elementos destruidores,
para não dizer, transformadores (e até purificadores) do nosso Planeta.
Tendo como estado de consciência "Manas"
(Mental Superior), está nesta 5ª Raça-Mãe se processando o
desenvolvimento do sentido olfativo, beneficiando-se, destarte, dos
cinco sentidos.
A primeira Sub-Raça desta 5ª Raça-Raiz
foi a Ário-hindu, que se estabeleceu há 850 mil anos ao norte da Índia. A
sua religião foi o hinduísmo primitivo: Leis do Manu, Manava Dharma
Shasta, Leis de Castas.
A segunda, Ário-Semítica ou Caldáica,
atravessando o Afeganistão espalhou-se pelas planícies do Eufrates e na
Síria. A sua religião foi o Sabeísmo.
Irânica foi a terceira Sub-Raça,
conduzida pelo primeiro Zoroastro, estabeleceu-se na Pérsia e daí para a
Arábia e o Egito, com o culto do "Fogo" e da "Pureza", sendo que a
alquimia predominou nessa Sub-Raça.
A quarta foi a Céltica, conduzida por
Orfeu, espalhando-se pela Grécia, Itália, França, Irlanda e Escócia.
Distinguiu-se em todas as linhas artísticas.
A quinta, a Teutônica, emigrou da Europa Central, disseminando-se por todas as partes do mundo contemporâneo.
E as 6ª e 7ª Sub-Raças? De acordo com os
ensinamentos ministrados em nosso Colégio Iniciático, caberá a este
Continente – especialmente o Brasil – ser a região onde se processará o
desenvolvimento que possibilitará à humanidade atingir o estado de
consciência na escala evolucional. Neste sentido vem a STB (hoje SBE)
trabalhando, pouco importa a distância que ainda esteja de nossos dias o
fim daquelas duas últimas Sub-Raças, isto é, as 6ª e 7ª.
Devemos esclarecer que já existem Seres
trabalhando na face da Terra para coisa mais longínqua ainda que é o
futuro Sistema. As Sub-Raças finais, de todas as Raças-Mães, se sucedem
quase... e quanto mais para o fim da Ronda, tal fenômeno se fará com
maior rapidez, por isso mesmo, interpenetrando-se umas nas outras, a
partir do seu número de ordem.
E como a Raça atual ou Ária (no momento
vivendo o ramo ou família final de sua 5ª Sub-Raça) seja a 5ª Raça-Raiz,
como se viu, faltam ainda duas Raças-Raízes – a 6ª e a 7ª, cada uma
delas com as respectivas sete Sub-Raças – para completar a presente
Ronda.
A 6ª Raça-Raiz desenvolverá o Princípio
Búdico (ou da Intuição) que se ligará ao de Manas já existente e em
pleno desenvolvimento na 5ª atual (Ária) e a 7ª realizará o Princípio
Átmico, ligado aos dois anteriores (Búdico-Manas), por isso mesmo
realizando a vitória da Tríade Superior na matéria.
Como se viu, as três primeiras
Raças-Raízes (Mães) tiveram esses mesmos "estados de consciência, mas no
sentido involutivo" ou da descida do Espírito (Purusha) na Matéria
(Prakriti), isto é, Atmã, Budi e Manas. Depois da "Equilibrante" (onde
funcionou o intermediário, isto é, o Mental Inferior ou Kama-Manas), ou
seja, a Atlante, a ordem foi inversa: Manas (da atual ou 5ª), Budi (para
a 6ª) e Atmã (para a 7ª); e isso de acordo com os "arcos ascendentes e
descendentes" da evolução: os chamados Períodos de Pravritti-Marga e
Nivritti-Marga.
É provável que os Continentes dessas
duas Raças finalizantes da Ronda sejam os mesmos da Lemúria e Atlântida,
porém em tal época, completamente redimidos do mau Karma de seu
longínquo passado. Segundo as tradições purânicas, seus nomes ocultos
são: Shaka, para o 6º Continente, cujo significado é "Força e Poder" e
Puskara para o 7º Continente, que significa "Loto", algo assim como se
quisessem dizer que em tal época a humanidade atingirá o "Loto de Mil
Pétalas", ou seja, o mais elevado grau de consciência que se pode
alcançar na Terra: o Sétimo.
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