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sábado, 4 de junho de 2011

A NOITE ESCURA DA ALMA


A NOITE ESCURA

A noite escura se revela como um processo intensamente humano no qual o eu, que tem até este momento pensado em si mesmo como espiritual e assim, invencível pelas abstrações de uma vida mediana, é forçado a dar um segundo ou terceiro olhar. Algumas vezes a alma (como personalidade), deve até se voltar em oposição a onde ela acreditava estar indo, a fim de recuperar as qualidades necessárias que ela negligenciou ou deixou. A sua alma está interessada em unificar o todo e não deixará por menos. Todos estão sujeitos ao desfecho que é a noite escura, e até a vida mais cuidadosa, habilidosa e culta é sem exceção. Os bem informados espiritualmente, aqueles que se sentaram aos pés do seu mestre por uma existência ou duas, parecem responder a esta lei natural com uma severidade particular, atacando outros ou impondo a ferida nos outros enquanto o drama se desencadeia inevitavelmente. Embora difícil e precária, a noite escura é uma jornada que vale experimentar, tanto quanto ao que se refere a alma. Pode-se disputar a jornada do início enquanto o caminho é amplo, mas quando ele eventualmente se estreita, somente o verdadeiro buscador suportará o que é pedido.

A verdadeira coisa que trouxe ao êxtase assim desejado pela personalidade se oferece agora de modo diverso, o presente é o mesmo, mas não é recebido como tal. O despertar espiritual é o resultado da própria escolha para se desenvolver como o Eu. Ele é mais uma oportunidade de experienciar a realidade, do que uma ilusão de se perceber como real. Imaginem uma imagem em um espelho saindo deste espelho pela primeira vez e voltando-se para se recordar no reflexo. Vocês podem ver como poderia ser profunda a experiência para o Eu, e ao mesmo tempo devastador para o pequeno eu? O eu menor, despreparado para a experiência, percebe somente a falsidade e a insignificância que ele acredita ter vivido, mais do que a maravilhosa oportunidade que é apresentada. A distância entre o eu e o Eu define a noite escura e quanto tempo ela durará. Agora ele se lança no “lugar” da alma, ou do coração purificado, vê o seu caminho através da obscuridade da sua condição humana até que seja capaz de ver na escuridão, e eventualmente atravessá-la. Neste estado, o eu sente cada limitação como finita e final, perdendo assim o seu poder de fazer ou ser qualquer coisa criativa ou original. Tão cruel quanto esta transição possa parecer, virá um momento em que a alma e a personalidade surgirão como uma, e saberão claramente, uma vez e para sempre, onde está a mão de Deus, assim como o que A move.

O AFASTAMENTO DO ESPÍRITO

Nesta nova era, quando a iluminação como avatar e a arte de receber transmissões do Espírito são todas trivialidades, a noite escura freqüentemente se manifesta na mudança desta mesma associação. Os professores espirituais mestres, como idéias objetivas de consciência evoluída, se tornaram pontos centrais de auxílio. Quando estes são afastados pelas leis superiores do Espírito, eles deixam para trás um resíduo perfumado que é todo também substituído rapidamente por uma parede impenetrável de obscuridade. O que poderia ser a substituição por tal amor íntimo e mútuo do e para o Espírito? Logo surge o pensamento de que somente o que é indigno de ser amado poderia ser assim facilmente descartado. E aí começa a angústia.

Para os sensitivos e intuitivamente organizados, esta perda espiritual é mais difícil de suportar; a ausência é mais amarga porque o processo era muito doce. Este afastamento é freqüentemente tanto pessoal quanto impessoal. Por exemplo, se o canal (Pepper Lewis) cuja caneta oferece agora as palavras de Gaia, fosse cair em uma noite escura, silenciaria muito provavelmente também a caneta. Muito mais do que imaginados caíram no desespero descrito neste lugar, apegando-se ao ego com resultados infelizes para o seu suprimento de palavras condicionadas e exortadas. Com o contato espiritual quase eliminado, o eu é deixado para se recuperar como se fosse da morte. Na privação, o eu retorna ao seu lugar de inocência e de simplicidade, algumas vezes até se lamentando em um modo pueril, sem ser mais desamparado.

Aí o eu deve começar de nova forma, pois até aqueles que acreditam que nada têm, ainda tem tudo na eternidade, e esta é a verdadeira coisa que eles devem começar a redescobrir. Deuses e professores que exaltam o eu ou a alma não são Deus o suficiente, que é porque um sentido mais verdadeiro da divindade se segue freqüentemente a estas experiências de tristeza e de privação.

EXALTANDO OS SUBORDINADOS

Aqueles que se acreditam mais inocentes e puros em seus pensamentos e ações sofrem uma noite diferente. Estes indivíduos, auto-exilados em tortura perpétua, são quase impulsionados a ver uma exibição constante de menos indivíduos merecedores recompensados por cada menor ação. Parece-lhes que eles, que são tão merecedores do amor e ventura de Deus, permaneçam em último lugar, esquecidos, caídos e ignorados. Emudecidos por tal volta nas circunstâncias, e apesar de suas auto-correções tentadas, eles começam a pensar e expressar pensamentos doentios em relação à generosidade e recursos dos outros. Dominados pela sua própria má sorte, maus presságios e infortúnios prolongados, continuam a ser a sua experiência quase que diária. Quanto melhores ações eles realizam, mais parece que eles caem na escuridão da qual eles parecem não poder sair. Neste ponto, muitos começarão a acreditar que Deus certamente favorece a escuridão e aqueles que pensam para e deles mesmos primeiro. Quando os eventos se transformam de ruins para piores, o seu conflito se torna ou para ser como os outros são e para receber como eles, ou viver no ostracismo e solitários em um mundo que não mais os recebem. No processo da noite escura, a alma se purifica através da experiência e de suas próprias imperfeições. A alma, acompanhada pela personalidade, revê cada pecado real ou imaginário.

Cada partícula e átomo são ampliados a uma enorme proporção, de modo que nenhum detalhe possa ser negligenciado. Com tal distorção, o eu não pode ajudar além de ver a sua desgraça e sua criatura. Enquanto a distância entre o eu e a alma aumenta, assim também a distância entre a luz e a escuridão, tornando os confortos da vida pouco mais do que abstrações e delírios; ambos são fardos pesadamente carregados sobre os ombros, agora frágeis e incertos.

A NOITE PERPÉTUA

Faz parte da natureza humana se lamentar sobre o inevitável, olhar para trás os erros, mais do que à frente para o desconhecido, e pensar que a boa vontade deveria ser permanente e a doença temporária. Há uma verdade maior, entretanto, que todas as coisas são temporais e temporárias. Isto sendo dito, o seu ser, isto que é a presença de sua alma, é eterno. Isto que é temporário é um aspecto do que é permanente, mas isto que é permanente não é um aspecto do que é eterno. É esta verdade (também uma lei universal), que o eu-personalidade/Eu-Alma se esquece durante a sua descida na noite escura. A permanência é revelada nisto que dura eternamente ou por um longo tempo. Isto se aplica a tudo que é imutável ou não esperado a sofrer uma mudança significativa. A permanência se relaciona a tudo o que é físico. Isto pode se aplicar a Stonehenge, assim como ao seu corpo físico. Acredita-se que Stonehenge resistiu por muitos milhares de anos, e pode-se imaginar ele resistindo por muito mais. Parece quase como se ele pudesse ser um acessório permanente, mas como foi intencionalmente criado, um dia ele será consumido quando o seu propósito não mais existir. O mesmo é verdadeiro quanto ao seu corpo físico. Ele parece sólido e permanente porque é intencional em seu ser. Um dia, quando o seu propósito maior for outro do que é hoje, vocês poderiam escolher em se entregar ou refazê-lo em outra forma. Com o tempo, a permanência e o propósito são seus.

A eternidade é uma qualidade não física. Ela é infinita e, portanto, não é afetada pela passagem do tempo. A sua alma é feita desta qualidade eterna. É o que torna a sua alma destinada a descobrir a sua própria divindade. Um dos caminhos pelo qual a sua alma segue a sua jornada destinada é através da experiência da encarnação humana. O que é permanente e o que é eterno tem um relacionamento muito exclusivo. Ambos obedecem as mesmas leis: uma por sua manifestação física e a outra por seu contraste. O eu e o Eu (não o inferior e o superior), obedecem as mesmas leis, e enquanto os dois se complementam, freqüentemente é o seu contraste que desafia mais os humanos.

Este contraste pouco compreendido é um fator contribuinte na separação que é muito freqüentemente descrita no processo da noite escura. A alma, reconhecendo-se como eterna, acolhe a noite escura como uma oportunidade de rever as suas experiências mais inseguras. A alma busca intensificar a sua jornada e vê a noite escura como pouco mais do que um pré-alvorecer. A própria personalidade, acreditando que o seu propósito está associado com uma existência, teme vacilar ou até protelar. A personalidade vê a noite escura como um exame fracassado, aquele que tentou e falhou; ela aguarda somente o castigo merecido por seu pecado, que não é nada além da natureza humana.

A REINTEGRAÇÃO DA LUZ

A noite escura dura somente tanto quanto houver um pecado percebido. Se alguém puder ver em um despertar espiritual não mais do que uma progressão de momentos eternos, então uma noite escura não durará mais do que a própria noite. Um despertar espiritual é motivo para celebração, mas não é uma recompensa que é dada em um dia (ou um ano) e então levado de volta ao seguinte. Ainda assim, é apropriado se adaptar a jantar suntuosamente em uma noite e compartilhar de uma simples refeição na seguinte. O dia muda para a noite tão certamente como a noite se transforma em dia, e o mesmo poderia não ser mais verdadeiro de suas experiências.

Confusão, desordem e ansiedade reinam quando a separação é mais presente. Se vocês estão separados da respiração que vocês atraem, então vocês intensifiquem a inspiração e exalem a expiração. Se a sua consciência não estiver em seu bem-estar físico, então a insistência do seu corpo pela nutrição não ficarão satisfeitos. E se vocês temerem que lhes falta a coragem de persistir e de superar os obstáculos, o seu corpo não descansará e não se entregará à paz que o sono traz. A estabilidade emocional é o resultado da confiança que se sente pelo momento seguinte e pela experiência seguinte. A depressão é a reivindicação insistente, mas não bem sucedida do eu que sozinho está no controle. Sem a cooperação e o reconhecimento dos dois hemisférios do cérebro, o equilíbrio permanecerá em uma distância inatingível. O equilíbrio espiritual será restaurado quando as crenças rígidas se dissolverem em novas possibilidades.

A noite escura da alma é um fenômeno associado com o despertar espiritual e não deveria ser temido. Uma noite escura não segue ou precede necessariamente a um despertar espiritual, mas também é uma experiência da expansão da alma.

Entretanto tomem cuidado com aqueles que prometem um caminho que viaja distante de seu próprio centro e a este de outro. Estas experiências muito freqüentemente resultam em um diferente tipo de dor e sofrimento. Sejam pacientes enquanto se movem através destas experiências, e envolvam-se com aqueles que lhes concederão a mesma compreensão. Prossigam lenta e gentilmente, conquanto o seu caminho poderá permanecer obscuro durante este ciclo. Compadeçam-se se deverem, mas não insistam.

A Noite Escura da Alma: O Paradoxo Místico

Análise da experiência mística que antecede à plena iluminação, segundo a doutrina de São João da Cruz  (Séc.16).

Sergio Carlos Covello

A "noite escura da alma" é metáfora de uma experiência mística que envolve paradoxo, porque essa experiência é iluminativa e, no entanto, obscurece a consciência e acarreta sofrimento. Para  extrair sentido dessa contradição, faz-se necessário examinar o rico simbolismo da noite no imaginário dos povos.

Entre os mitos gregos, Noite é o nome de uma deusa, filha do deus Caos, o vazio primordial antes de serem ordenados os elementos do mundo. Essa deusa personifica as trevas superiores e é representada com um manto escuro, a percorrer o céu, enquanto seu irmão, Érebo, simboliza as trevas inferiores. A deusa Noite gerou várias divindades, algumas benéficas, outras maléficas, sendo a mais importante delas o Dia (Hêmera), a divindade que trouxe a luz ao universo. Também na tradição judaica, a noite apresenta ora um aspecto negativo, ora um aspecto positivo. No Gênesis, ela denomina as trevas, sendo inferior à luz: "E viu Deus que a luz era boa, e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus à Luz Dia e às trevas, Noite (1.4-5)" . Em outras passagens, porém, a Bíblia ressalta o aspecto positivo da noite. Por exemplo, em Jó 35.10, lê-se que "Deus inspira canções de louvor durante a noite". A noite é, portanto, o momento da inspiração divina. E em Salmos 19.2, a noite relaciona-se com a sabedoria: " Uma noite - diz o salmista - revela conhecimento a outra noite". Não por outra razão a coruja, pássaro notívago, representa, de longa data, a filosofia, simbolizando o saber e a clarividência. Na arte poética, a noite é geralmente evocada como o período propício ao romance, pois à noite, cessadas as atividades laborativas do dia, o ser humano pode ir livremente em busca do outro. Neste caso, a noite exerce fascínio: "Tudo tem suave encanto quando a noite vem", diz a canção popular. Na esfera psíquica, a noite significa a face oculta da consciência, o inconsciente, que, durante o sono, geralmente à noite, vem à tela mental através de símbolos que expressam não só os desejos, mas também a sabedoria, a criatividade e as mais belas intuições.

Na teologia mística, a noite foi aos poucos adquirindo o sentido de estado de consciência com relação à Divindade, a eterna Incógnita envolta metaforicamente no manto negro da noite. "Deus habita as trevas" - dizem os místicos, porque nunca ninguém conseguiu ver Deus, nem Moisés e o povo eleito. Tudo o que sabemos sobre Deus são conceitos humanos. O homem presume que existe uma causa inteligente para o universo e chama a essa causa de Deus, atribuindo-lhe qualidades humanas (como a bondade, a justiça e a misericórdia). Cria, assim, Deus à sua imagem e semelhança. A teologia mística, ao contrário da teologia especulativa (baseada em conceitos e teorias), objetiva um conhecimento experimental - a posse interior de Deus pela contemplação que implica o despojamento do ego, visando à união da alma com "aquele que está além de todo ser e de todo saber". A esse estado de despojamento os místicos alemães do século 14 chamaram de "noite escura", expressão que foi consagrada 200 anos mais tarde pelo frade carmelita São João da Cruz, num poema lírico de oito estrofes em que o poeta relata a própria passagem por essa prova que antecede a plena iluminação. Nos comentários a esse poema, diz São João da Cruz que, mediante a noite escura, a alma se dispõe e encaminha para a divina união de amor. É possível explicar a jornada mística como a busca do Eu profundo, a dimensão expandida da consciência, para além do pequeno ego, de modo que a consciência individual se transforme em universal ou cósmica. Mas os místicos cristãos (e mesmo os não-cristãos teístas) consideram a ampliação da consciência como a união da alma com Deus, por analogia com o casamento humano, que é uma experiência transformadora na vida dos nubentes. Nessa etapa do desenvolvimento consciencial só entram as pessoas espiritualmente adiantadas, isto é, as que já se converteram para a sua dimensão maior e obtiveram algum grau de luz. Não se trata de período agradável, visto que é de provação. Segundo São João da Cruz, a noite escura consiste na mortificação dos sentidos e do espírito, por isso que produz abatimento, esgotamento mental e fadiga. Mas esse transe é altamente desejável, porque faz surgir o homem novo de consciência totalmente renovada.

A passagem pela noite escura da alma encontra apoio nas escrituras bíblicas. Tanto no Antigo, como no Novo Testamento, há vários exemplos de pessoas santificadas que sofrem provação antes de receberem um grande benefício. A noite escura do Cristo teve início no Getsêmane, pouco antes de o Divino Mestre ser preso, e terminou na cruz com a sensação de abandono: " Eli, Eli, lamá sabactâni" (MT 27.46).Graças, porém, à tormenta física e mental, Jesus de Nazaré ressurgiu como o Cristo Cósmico Eterno, dando ensejo a uma das mais influentes tradições religiosas do mundo.

Na expressão Noite Escura, que dá nome à poesia de São João da Cruz, estão implícitos os vários sentidos figurados da noite: o mitológico (geratriz da luz), o sapiencial ( momento da sabedoria e da inspiração divina), o poético (instante doce  do amor) e o psicológico (centro de consciência transcendente).

A análise, ainda que sumária, dos belos versos do poema permitirá a melhor compreensão dessa fase do desenvolvimento da consciência, na visão poética do monge que fez da busca do Absoluto seu ideal de vida:

NOITE ESCURA

Canções de S. João da Cruz (1542-1591) que descrevem o modo pelo qual o místico chega ao estado de perfeição espiritual.

(1578)
1. Em uma noite escura,
De amor em vivas ânsias inflamada,     (1)
Oh, ditosa ventura!
Saí sem ser notada, (2)
Já minha casa estando sossegada. (3)

2. Na escuridão, segura,
Pela secreta escada, disfarçada,  (4)
Oh, ditosa ventura!
Na escuridão, velada,
Já minha casa estando sossegada.

3, Em noite tão ditosa,
E num segredo em que ninguém me via,
Nem eu olhava coisa,
Sem outra luz nem guia    (5)
Além da que no coração me ardia.

4. Essa luz me guiava,
Com mais clareza que a do meio-dia,
Aonde me esperava
Quem eu bem conhecia, (6)
Em sítio onde ninguém aparecia. (7)

5. Oh, noite que me guiaste!
Oh, noite mais amável que a alvorada!
Oh, noite que juntaste
Amado com amada,
Amada já no Amado transformada! (8)

6. Em meu peito florido
Que, inteiro para ele só guardava,
Quedou-se adormecido,
E eu, terna, o regalava,
E dos cedros o leque o refrescava.

7. Da ameia a brisa amena, (9)
Quando eu os seus cabelos afagava,
Com sua mão serena
Em meu colo soprava,
E meus sentidos todos transportava.

8. Esquecida, quedei-me,
O rosto reclinado sobre o Amado; (10)
Tudo cessou. Deixei-me,
Largando meu cuidado
Por entre as açucenas olvidado.(11)


(1) Trata-se de alma adiantada na espiritualidade, pois está incendiada do amor a Deus.

(2) Isto é, saiu de si, sem ser impedida pelos sentidos inferiores que compõem o ego.

(3) Casa sossegada: vida interior com pleno domínio das pulsões inferiores e das paixões menores.

(4) A escada mística da ascese rumo à Divindade. A escada joanina desdobra-se em 10 degraus.

(5) A luz da fé e do amor.

(6) Em sendo evoluída, a alma já conhecia a Divindade.

(7) O centro da alma, o espírito que é também sua parte mais alta.

(8) Pela união com a Luz a alma se transforma na Luz.

(9) Ameia: cada um dos arremates salientes, separados por intervalos regulares, construídos na parte mais alta do castelos, das torres e das muralhas que protegiam as cidades antigas. Vê-se que a alma subiu a escada para encontrar a Divindade.Brisa amena é sopro, símbolo do influxo espiritual de origem celeste. Mensageiro divino, o vento afasta as trevas. Na tradição bíblica, o "sopro de Deus" animou o primeiro homem. No poema, o sopro de Deus faz surgir o ser iluminado ( o novo homem que retornou à origem divina).

(10) Esquecida de si, quer dizer, com a atenção concentrada só no Amado.

(11) Sua inquietação desapareceu.

Fontes: http://www.teosofia-liberdade.org.br/index.php/arquivos/artigos/44-artigos/240-a-noite-escura-da-alma-o-paradoxo-mistico.html
http://www.luzdegaia.org/gaia/pepper/noite_escura.htm


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