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domingo, 20 de fevereiro de 2011

O que é ESPIRITUALISMO


PABLO SALAMANCA


Caros amigos, se procurarmos entender o que é Espiritualismo, através de
definições clássicas e/ou pragmáticas que constam nos dicionários, teremos uma noção apenas
razoável do seu significado. Contudo, para não nos omitirmos quanto a este caminho, aqui
expomos, a título de exemplo, as seguintes definições para a palavra “espiritualismo”: A-
“Doutrina filosófica que admite a existência do espírito como realidade substancial: o
espiritualismo de Leibniz. Opõe-se ao materialismo.” (1); B- “Doutrina filosófica que tem por
base a existência de Deus e da alma” (2); e C- Doutrina que admite, quer quanto aos fenômenos
naturais, quer quanto aos valores morais, a independência e o primado do espírito com relação
às condições materiais, afirmando que os primeiros constituem manifestações de forças
anímicas ou vitais, e os segundos criações de um ser superior ou de um poder natural e eterno,
inerente ao homem” (3). Desta forma, é possível notar o caráter genérico ou amplo das
definições apresentadas para “espiritualismo”. Há, no entanto, muitas conotações para esta
questão, ou seja, existem diversos tipos de Espiritualismo.
A princípio, podemos destacar uma certa distinção entre Espiritualismo e
Espiritismo. Para alguns, estes termos seriam semelhantes ou, até mesmo, sinônimos. Porém, os
companheiros que seguem exclusivamente a filosofia e práticas de Allan Kardec, preferem ser
chamados “espíritas”, ao invés de “espiritualistas”. Para eles, o conjunto de conhecimentos
estudados e sistematizados, brilhantemente, por Allan Kardec formam o “Espiritismo” ou
“Espiritismo Cristão”, enquanto outras doutrinas, que também praticam a mediunidade, mas
que adotam, além dos ensinos “kardecistas”, elementos de culturas orientais, africanas ou
indígenas nacionais, seriam “Espiritualismo” ou algum outro termo adequado. Hoje, é fácil
notar como já há um entrelaçamento maior entre diferentes correntes de espiritualismo.
Acreditamos que isto é salutar, pois assim como “na Casa do Pai há muitas moradas”, há
muitas formas de se compreender a espiritualidade aqui na Terra e, de fato, existem muitas
localidades habitadas no plano espiritual, com diversos níveis de evolução. No entanto, o que
realmente importa, é a busca do progresso espiritual, atuando dentro do campo vibratório do
“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
Até agora, dissertamos, de forma breve, principalmente sobre o espiritualismo que
pratica a mediunidade. Mas, e as doutrinas ou religiões que não admitem a comunicação
mediúnica corriqueira com os espíritos? Elas não são espiritualistas? Bem, segundo as
definições citadas, oriundas de dicionários, elas também compõem agregados espiritualistas.
Ou seja, o Judaísmo, o Catolicismo, o Protestantismo e o Islamismo, por exemplo, são
doutrinas filosoficamente espiritualistas, pois admitem a existência da alma e de uma força
superior, que é Deus. Neste ponto, portanto, há uma convergência entre estas culturas religiosas, e o Espiritualismo (mediúnico). Mas, as similaridades param por aí? Podemos afirmar que não,
porque todo o Cristianismo (Catolicismo Romano, Catolicismo Ortodoxo e Protestantismo)
tem, em uma de suas bases de formação, o Velho Testamento, intimamente associado ao
Judaísmo. E no Judaísmo é impossível negar a grande importância dos profetas, isto é, o ato de
profetizar, no Judaísmo antigo, é um dos alicerces desta religião. E o que é profetizar? Nada
mais é do que a prática da mediunidade, pois os profetas viam os Anjos (visão espiritual ou
clarividência); ouviam aos mensageiros celestes ou ao “próprio Deus” (clariaudiência); eram
arrebatados a regiões do céu (desdobramento espiritual ou viagem astral); etc. Ora, sendo o
Judaísmo um importante pilar da civilização ocidental e de suas religiões cristãs, aí está mais
um ponto de convergência entre estas doutrinas e o Espiritualismo (mediúnico). Além disso,
alguns estudiosos comentam que a civilização judáico-cristã, nos seus primórdios, tinha como
verdade a reencarnação, que é um dos conceitos fundamentais entre os espiritualistas que
exercem a mediunidade. É importante lembrar que a reencarnação foi oficialmente abolida do
meio católico somente em 553 d.C., no Concílio de Constantinopla, hoje Istambul/Turquia.
Já que estamos falando em reencarnação, lei natural intimamente ligada à Justiça
Universal e ao aprendizado evolutivo do espírito humano, nela encontramos mais uma
convergência entre o Espiritualismo (mediúnico) e outras religiões: o Hinduísmo e o Budismo.
Ambos, são agrupamentos doutrinários importantíssimos neste planeta, sendo depositários de
uma grande e milenar sabedoria. Tanto o Hinduísmo como o Budismo têm como preceito a
reencarnação, as suas causas e conseqüências.
Contudo, após esta rápida análise comparativa entre tantas maneiras de cultivar a
espiritualidade, neste planeta, somente podemos concluir que o ideal é aspirarmos a uma união
maior entre todos estes grupos religiosos. Cremos que, no futuro, a humanidade compreenderá
que cada um de nós é filho do mesmo Deus e, portanto, somos todos irmãos. Quando todo o
véu for levantado e nada mais estiver oculto, não haverão mais separativismos e facções de
qualquer espécie. Este é o futuro ao qual estamos destinados.
Mas, como fica a Ciência nesta discussão sobre o que é espiritualismo? Nós que
somos representantes do Espiritualismo (mediúnico), não vemos a Ciência, em qualquer de
suas vertentes ou especialidades, como antagonista da espiritualidade ou da religiosidade.
Entendemos que a fé, sem a razão, leva ao fanatismo. Compreendemos que o Espiritualismo
evoluirá junto com a Ciência. Porém, alguns cientistas necessitam deixar de lado certos

preconceitos, que os tornam tão dogmáticos quanto os teólogos mais ortodoxos. É preciso
atentar, por exemplo, para as mais recentes direções da Física, que está deixando de ser tão
mecanicista, para encontrar novos caminhos e explicações na relatividade das coisas. O método
científico, como foi concebido, não permite a explicação de todos os fenômenos da natureza.
Está em formação um novo paradigma do conhecimento: o Paradigma Holístico. Ainda está em
seus primórdios, mas já mostra a sua força através das novas filosofias e métodos de pesquisa
que vêm se desenvolvendo, e dos fatos que vão se impondo na sociedade humana. Que fatos
são estes? Algumas terapias alternativas, ainda não explicadas de forma concisa pela ciência
ortodoxa, curam ou trazem um alívio evidente aos doentes do corpo e da mente. A
Transcomunicação Instrumental já traz resultados extremamente positivos na comunicação
direta, via aparelhos eletrônicos, com seres de outra dimensão (espíritos desencarnados). As
cirurgias mediúnicas, tanto as que cortam a carne do paciente, como as que não usam métodos
invasivos, já foram fartamente documentadas, inclusive filmadas, apresentando curas
espetaculares. Estudos sobre regressão a vidas passadas demonstram, não só a sua eficácia em
recuperar pacientes de seus traumas, mas também têm trazido evidências de fatos e costumes
antigos, comprovados através de sérias investigações históricas. Muitos outros fenômenos, não
esclarecidos adequadamente pela ciência tradicional, têm ocorrido, mas não é objetivo deste
artigo nos alongarmos mais sobre este assunto. Apenas queremos, neste momento, reafirmar a
grande importância da Ciência para a humanidade e desejar que ela encontre novos métodos,
mais abrangentes, que possam explicar muitos fatos que são deixados de lado por boa parte da
Ciência Oficial. Diversos pesquisadores que “esbarram” nestes fatos, mas preferem ignorá-los,
o fazem porque são materialistas convictos (dogmáticos), ou porque temem serem
ridicularizados, o que compreendemos neste caso, pois é o que acontece com freqüência,
infelizmente, com aqueles que tentam estudar, mais a fundo, fenômenos que mexeriam com as
bases da sociedade estabelecida. Na verdade, entendemos que a Ciência não está sabendo lidar
com os fortes indícios de continuidade da vida humana, após a morte do corpo físico, através do
espírito que permanece desperto e atuante, além deste mundo tridimensional.
Caros amigos, espiritualistas, materialistas ou religiosos de qualquer gênero,
terminamos este artigo, lembrando que não somos donos da verdade. Simplesmente expomos,
aqui, as nossas idéias que, com certeza, não serão unanimidade. Estamos prontos para ouvir
negativas completas ou discordâncias parciais, quanto ao assunto abordado. Em nenhum
momento, tivemos a intenção de ofender a qualquer coletividade ou pessoa. Ainda em tempo,
desejamos concluir que o Espiritualismo (mediúnico), filosofia de vida adotada pelos
integrantes do Grupo Espiritualista Francisco de Assis, tem sido um bom caminho para se

encontrar o equilíbrio interior. Visualisamos que, assim, podemos contribuir positivamente para
a melhoria das relações entre os homens, sejam eles pertencentes a qualquer ramo doutrinário.
Por isso, estamos neste espaço da Internet, a fim de compartilharmos uma parte das nossas
experiências. Paz a todos!



Fontes bibliográficas consultadas:
(1) Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse. Direção de Antônio Houaiss. Editora
Larousse do Brasil. Rio de Janeiro, 1980.
(2) Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. Organização de Francisco da Silveira Bueno.
Fundação da Assistência ao Estudante/Ministério da Educação e do Desporto, 1994. 11a
Edição/13a Tiragem.
(3) Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. Aurélio Buarque de Holanda
Ferreira. Editora Nova Fronteira. Rio de Janeiro, 1999. 3a Edição.
www.

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