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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Engodos Religiosos - Moacir Sader


Infelizmente as religiões terrenas deturparam os ensinamentos de Jesus quando de sua passagem pela Terra, pois muitas das religiões cristãs adotaram, erroneamente, a necessidade de “aceitar Jesus como único salvador e pertencer à determinada religião” para ser salvo, como se fosse algo fácil e simples.
Acreditar nessa premissa é admitir a vaidade em Jesus, em Deus, atribuindo-se sentimentos humanos ao que é divino. Isso não passa de estratégia para prender as pessoas em alguma “sociedade” religiosa.
Sentimentos tipicamente humanos atribuídos a Deus é percebido no Velho Testamento Bíblico, onde se vê um Deus (ou deus) com vários sentimentos negativos humanos, tais como: raiva, ira, vingança, vaidade, etc. Fato que se pode concluir que aquele deus não era a fonte criadora inicial, verdadeiro Deus, ainda mais quando contrapostos com a grande espiritualidade de Jesus, este sim, vivendo verdadeira vida santificada, divina.
As características do Deus do Velho Testamento sofrerem intensas influências dos deuses mitológicos, pois tais deuses, quando contrariados, apresentavam sentimentos negativos, violentos, tornando-se vingativos, irados e eram vaidosos ao extremo.
Vemos, então, que a Bíblia, também em sua composição, foi influenciada pela mitologia greco-romana. Como exemplo, referencio o estudo de pesquisadores mitológicos que associam uma passagem da vida de Ulisses (mitologia grega) a uma situação bíblica vivida por Jesus. Quando Ulisses teve que ir ao mundo dos mortos rebaixados aos subterrâneos da Terra, (local que acabou tendo o mesmo nome do deus governante do lugar: Hades), reuniu-se como os seus soldados para com eles fazer a refeição de despedida, pois até então ninguém havia voltado daquela dimensão, só que Ulisses voltou. Assim também ocorreria com Jesus, que fez a ultima Ceia com os discípulos antes da crucificação, mas, tal como Ulisses, Jesus retornou ao terceiro dia.
A vaidade vista em muitos deuses mitológicos e no Deus do Velho Testamento não fora percebida em nenhum momento nas palavras e atitudes de Jesus. Tal como escrevi no livro “Vigem à cidade Espiritual de Necanerom”, quando Jesus disse “Eu Sou o caminho e a verdade”, não falava de Si, pois isso seria uma vaidade que ela nunca demonstrou em sua vida terrena. Jesus quis dizer, tal como fora falado pelos Avatares: Buda e Krishna, entre outros, que não se vai a Deus sem encontrar o “Eu Sou”, que quer dizer: o lado divino, a iluminação existente dentro de cada ser, que se interliga energeticamente com a Fonte criadora.
Jesus estava, em verdade, alertando sobre a necessidade de se buscar a divindade interior, que precisa ser alcançada através da passagem estreita (que será vista mais à frente do que se trata). Para chegar à evolução espiritual é preciso encontrar o “Eu Sou” (a divindade) de cada um, quando de fato estaremos no caminho da iluminação.
Jesus não valorizava cultos, nunca frequentou religião nem as criou. Deixou concretamente exemplos perfeitos a serem seguidos, com orientações singulares tanto colocadas na Bíblia, quanto nos evangelhos apócrifos. Nos evangelhos não insertos na Bíblia, por exemplo, vemos a clara orientação de Jesus, para se buscar a divindade presente em cada um, vivendo o amor incondicional em todos os lugares, tal como foi o Seu singular exemplo em sua trajetória terrena.
Para esse caminhar em direção ao céu espiritual não há necessidade de se  ligar a alguma religião e contribuir com pagamentos mensais (dízimo terreno). O que se deve, verdadeiramente, entregar a Deus é o verdadeiro dízimo: o nosso progresso espiritual, um conquista nossa, inspirada nos ensinamentos e exemplos práticos de Jesus.
Assim, quanto Jesus falou que devemos “dar a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”, tal como se pode concluir com a passagem bíblica reproduzida a seguir, queria dizer que se deve pagar aos governantes os impostos e a Deus entregar a nossa espiritualidade, a nossa iluminação espiritual, com ações praticadas, pois isso é que importa realizar e não fazer apenas pagamentos em dinheiro.  Deus nunca quis e nem precisa do dinheiro humano.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé, estas coisas devíeis fazer, .... (Mateus, Cp. 23, Vs. 23)
No entanto, as religiões cristãs, que desde o nascedouro, quando da compilação da Bíblia pelo primeiro concílio ecumênico do cristianismo, o Concílio Niceia (realizado no ano de 325 anos depois de Cristo), vem atuando com engodos, tendo  excluidos, inicialmente, muitos evangelhos importantes (em torno de 30) e alterando textos dos evangelhos constantes na Bíblia, tudo com o objetivo, de agrupar, na época, as diversas correntes religiosas que estavam dividindo o império Romano.
Não há, pois como atribuir à Bíblia a origem divina, senão por trabalho de muitas mãos de sábios manipuladores da verdade em prol de objetivos bem terrenos, longe do que possa ser atribuído ao divino.
Desse modo, muitas visões de correntes religiosas existentes nos primeiro séculos depois de Cristo foram trazidas para a Bíblia, inclusive a história do deus pagão “Mitra” que nasceu de uma virgem e fora morto em sacrifício e ressuscitado no terceiro dia (não é essa a história contada sobre o nascimento e após a morte de Jesus?). É só buscar nas diversas histórias dos deuses pagãos e mitológicos para ver como diversas passagens bíblicas tiveram inspiração em tais histórias.
É bom ter em mente que os evangelhos foram escritos efetivamente anos depois de Cristo, cerca de 50 a 70 anos, e não por discípulos que conviveram com Jesus. Com isso, sabe-se que as histórias de Jesus foram sendo passadas verbalmente até ser escrita. Como se passara tantos anos dos primeiros escritos sobre Jesus, qualquer alteração feita pelo Concílio de Niceia (três séculos depois), em nada poderia ser contestada, sobretudo porque, é claro, não haveria nenhuma testemunha ocular contemporânea de Jesus.
Para a formação da Bíblia, alguns poucos evangelhos foram escolhidos, os demais, condenados ao fogo, tidos como hereges, porque, evidentemente, traziam os fatos originais diferentes daqueles evangelhos alterados pelo Concilio de Niceia. Daí, foi preciso repudiar esses evangelhos, condenando-os à destruição, o que de fato aconteceu com a maioria.
Porém, nos tempos modernos, alguns dos evangelhos apócrifos começaram a aparecer, sendo descobertos. Assim temos os evangelhos de Judas, Maria Madalena, Tomé e Felipe,  trazendo à tona as verdades  encobertas (comento sobre esses evangelhos, citando passagens importantes no meu livro “Viagem à cidade espiritual de Necanerom”). (ver também o artigo “Evangelhos Apócrifos” –)
No evangelho apócrifo de Maria Madalena, por exemplo, Jesus enfatiza, com visão diferente daquela posta na Bíblia, a necessidade de se manter em equilíbrio, evitando ações, pensamentos e sentimentos negativos (pecados criados pelo homem), para não adoecer (conceito atualmente defendido pelas terapias alternativas). Desse modo, Jesus falou:
Não há pecado; sois vós que os criais, quando fazeis coisas da mesma espécie que o adultério, que é chamado 'pecado'.(...) Por isso adoeceis e morreis [...] A matéria produziu uma paixão sem igual, que se originou de algo contrário à Natureza Divina. A partir daí, todo o corpo se desequilibra. Essa é a razão por que vos digo: tende coragem, e se estiverdes desanimados, procurais força das diferentes manifestações da natureza. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça.
No evangelho citado, consta também outra orientação de Jesus, colocada abaixo em destaque. Nela , Jesus alerta para a nossa essência divina, presente em nosso interior, necessária de ser resgatada e vivida, através de condutas dignas, justas, honestas e de amor, verdadeiro retorno à casa do Pai, que nos pertence por direito espiritual desde a nossa criação feita à imagem e semelhança de Deus. Assim, estaremos em paz, em equilíbrio emocional e psicológico e com saúde.
Por isso Deus Pai veio para o meio de vós, para a essência de cada espécie, para conduzi-la a sua origem (...) Aquele que compreende minhas palavras, que as coloque em prática.
Fica bem evidente porque esses  e certamente muitos outros evangelhos não constaram da Bíblia, pois se almejava manter as pessoas enredadas nos moldes planejados (obrigação de aceitar Jesus como salvador e ser salvo pela graça, pertencer à religião, pagar dízimos e ter medo de Deus) e não focar na prática do amor, da elevação espiritual, da iluminação a partir do encontro com a divindade interior por méritos pessoais.
O que se pretendeu, de fato, a partir do Concílio de Niceia, comandado por Constantino, era unificar o império romano e colocar as pessoas presos à teia, enredados na Matrix religiosa, pois tal como visto na série de filmes intitulados Matrix (que foram inspirados de  mensagens canalizadas, inicialmente para uma série de TV Russa), essa Matrix religiosa objetivava a que as pessoas ficassem alheias à verdade, reféns pelo medo (de Deus), vivendo em um mundo inexistente (fabricado), dominados e manipulados. Situação que perdura até hoje para a maioria, sem bem que a cada dia mais e mais pessoas despertam, saem da Matrix.
A trilogia Matrix também sofreu forte influência do cristianismo gnóstico e dos evenganelhos apócrifos, pois os filmes destacam a necessidade de romper com a vida artificial existente dentro da Matrix, com nos ilude por sua aparente realidade, mas que não passa uma vida paralela à verdadeira vida do espírito. E por isso, o filme sugere e estimula a necessidade de acordar, sair da Matrix e iluminar-se espiritualmente, para viver a verdadeira vida para além dos limites tridimensionais.
Ao contrário desse mundo artificial: Matrix religiosa (existindo dentro da grande Matrix da vida terrena), que fora plantado pelas religiões cristãs,  tal como escrevi no livro “Viagem à cidade espiritual de Necanerom”, a passagem estreita dito por Jesus não tem a ver com algo externo, um local físico (templos), mas, efetivamente, algo interno, mutação interior, progresso espiritual, iluminação, tal como deve ser buscada aqui na Terra e não esperar para receber como prêmio, conforme promessas erroneamente feitas por diversas crenças. Assim, consta o seguinte trecho do livro Necanerom:
Qual é a porta estreita (do céu) dita por Jesus?
Quando Jesus diz que a porta que leva ao céu é estreita, está usando uma metáfora para explicar uma questão bem complexa.
O sentido de “porta estreita” pode ser interpretado através dos ensinamentos da Ioga. Os indianos identificaram três passagens formadas por nervos que percorrem toda a espinha, chamados: ida, pingala e sushumna. Destas, a sushumna é uma passagem central que não apresenta utilidade alguma, segundo a medicina tradicional. No entanto, para a Ioga, existem sete centros de consciência espiritual localizados em toda a extensão da espinha do corpo humano, hoje conhecidos com os sete principais chakras tão utilizados pelos tratamentos alternativos, entre eles o Reiki.
Na base da espinha, encontra-se uma grande reserva de energia espiritual latente. Quando despertada por práticas espirituais e pela devoção a Deus, essa energia espiritual se eleva pelo canal estreito da sushumna.
Quando se alcançam os chakras mais elevados, são gerados vários graus de iluminação. Ao atingir o chakra do coração, podemos enxergar a luz divina e experimentar o êxtase, vivenciar o amor incondicional. Ao atingir o chakra laríngeo (da garganta), sentimos vontade de pensar e falar somente de Deus. Ao alcançar o chakra frontal (testa), podemos ver Deus. E, por fim, quando a energia espiritual chega ao sétimo chakra, o coronário, surge em nós a percepção da unidade nossa com Deus, união divina perfeita.
Assim a sushumna seria a porta estreita que nos leva à vida eterna, ao conhecimento do próprio Deus, e, por isso, a evolução espiritual não está fora de nós, mas em nosso íntimo
Desse modo, somente se chega a Deus quem encontro o “Eu Sou” pessoal.
É claro que, com a iluminação espiritual, a pessoa passa a praticar o verdadeiro amor incondicional, assim como a prática do amor social irrestrito contribui para o processo e mutação interior, desde que seja rompida a crença de que tal mérito esteja em Deus ou em Jesus somente, a não ser por inspiração no majestoso exemplo deixado por Jesus, pois que, tal visão restrita (salvação pela graça) tira o esforço e o mérito pessoal, a dedicação para trilhar no caminho evolutivo do espírito.
A morte de Jesus na cruz foi em face de sua situação como insurreto (rebelde) político como nos prova a História. Certamente, não há como negar que essa morte cruel marcou o povo da época e veio a influenciar o mundo inteiro no futuro por ser uma situação dramática, mas com esse ato Jesus não estava tirando os pecados das pessoas, como dizem muitas religiões. Em verdade, os débitos precisam ser pagos, transmutados por cada um em processos cármicos.
Há quem diz que o criminoso crucificado ao lado de Jesus fora para o céu, pois assim Jesus falou (“Hoje mesmo estarás comigo na casa do Pai”). Se esse diálogo aconteceu de fato (há dúvidas, pois as cruzes não foram colocadas tão perto assim o que permitiria tal comunicação), tal afirmativa não estava  garantindo que o criminoso não iria renascer em vidas futuras para quitar os seus débitos. Sabe-se que muitos dos personagens daquela época reencarnaram em muitas situações dramáticas para reparar tamanho erro de crucificar alguém que somente falava e praticava o amor incondicional.
Tenho dito para amigos próximos (em tom de brincadeira séria) que muitos seguidores das religiões tradicionais que professam a pura aceitação de Jesus como único salvador como sendo o passaporte para o céu, quanto lá chegarem, após desencarnarem, deverão procurar o PROCON celestial, pois saberão, enfim, que haviam sido enganados por falsas ideologias religiosas aqui na Terra, principalmente na hora que forem chamados para reencarnarem novamente. Essas pessoas dirão: Eu não estava salvo como me ensinou a minha religião? E lhes serão dito que tal ensinamento era indevido.
Se houvesse esse órgão de proteção ao consumidor no céu, ele estaria lotado sempre, pois, são inúmeras as religiões que estão fazendo inconsistentes promessas de salvação de modo fácil, tirando o mérito pessoal, e transferindo para Jesus, como se fosse uma graça celestial. Isso não é verdade, não acontece assim. Não há tal salvação por graça divina, e, sim, o progresso espiritual, que é conquista pessoal, obtida em inúmeras reencarnações (pelo menos até este momento histórico do planeta Terra, com visto mais à frente).
Muitos religiosos tradicionais contestam a reencarnação, presos que estão na Matrix, dizendo que a reencarnação não está prevista na Bíblia. Literalmente, não se vê tal expressão no texto bíblico, mas, ainda que se saiba por historiadores que a Bíblia, quando de sua composição, foi alterada por membros do Concílio de Niceia, eu fiz um estudo sobre os milagres de Jesus e concluí que quase sempre, antes de curar, Jesus dizia que os pecados dos doentes haviam sido perdoados, inclusive no caso de cegos e paralíticos que nasceram com essas doenças.
Assim procedendo, Jesus estava antes de tudo curando o carma de vidas passadas, para que a doença, consequente do carma, pudesse de fato ser curada.
Era comum Jesus dizer: “A tua fé te salvou; vai-te em paz, e fica livre desse teu mal”, mas também falava sempre “os seus pecados foram perdoados”, tal como podemos ver, por exemplo, em duas passagens da Bíblia, segundo Mateus.
E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Jesus, pois, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Tem ânimo, filho; perdoados são os teus pecados. (Mateus, Cp. 9, Vs. 22)
E vendo-lhes a fé, disse ele: Homem, são-te perdoados os teus pecados. (Mateus, Cp. 5, Vs. 20)
(
esta citação é do homem que foi levado a Jesus pelo telhado)
Os dois paralíticos, obedecendo ao comando de Jesus, levantaram-se e foram embora andando, curados, para espanto e alegria de todos que puderam acompanhar tais acontecimentos.
Por que será que Jesus associou nessas curas e em tantas outras, diria até na maioria delas, ao perdão dos pecados? Só posso entender que os doentes estavam nessas condições em face de processo cármico de outras vidas, pois muitos dos curados por Jesus, nasceram com as doenças (cegos, paralíticos, etc.).
Jesus assim agia porque era necessário perdoar os pecados, (falhas pregressas de vidas passadas), pois esses pecados geram as doenças no corpo etéreo, oriundas dos corpos emocional e mental (reflexos de outras vivências), e, mais tarde, as doenças manifestam-se no corpo físico. O perdão dos pecados, feito por Jesus (que tinha poder espiritual para fazê-lo por pertencer à elevada dimensão espiritual), cortava, então, a conexão cármica, trazendo de volta a saúde, em face também e logicamente da verdadeira fé daquelas pessoas ao serem curadas, tal como escrevi no artigo “A fé na cura cármica”, quando comentei:
Ainda sobre o perdão, observo que devemos nos perdoar por faltas cometidas, rompendo o danoso sentimento de remorso, que gera doença nesta e em vidas futuras. Igualmente, se apresenta fundamental o perdão ao nosso próximo por falhas cometidas contra nós, no sentido de cortar a conexão cármica, livrando-nos do reencontro futuro para reparação; além do que o ato de não perdoar afeta os chakras, desequilibrando o fluxo de energia, causando doenças nos órgãos correlatos. 
É preciso dizer que essa transmutação cármica feita por Jesus para curar os doentes foi ato especialíssimo em face de sua presença aqui na Terra. Mas não é absurdo pensar que isso ainda não possa ainda acontecer. Entendo que o carma pode ser curado tanto pela dor, quando pelo amor e também em face da transmutação cármica, através de pedidos a  Jesus e aos mestres Ascensos. No curso de Reiki ensino aos meus alunos técnicas para se pode transmutar o carma, além do que ao se tornar reikiano, intensificada a cada nova sintonização, o nível vibracional vai se elevando, contribuindo positivamente com o processo de ascensão espiritual. Contudo, tal transmutação cármica não quer dizer simplesmente que estamos salvos e merecedores do céu. Para tal, é preciso a busca da evolução espiritual, a iluminação, que é um ato unicamente pessoal e precisa acontecer em nossa encarnação física. Ninguém pode fazer isso por nós.
Ainda sobre reencarnação, contrapondo às teses equivocadas das religiões, vemos que a reencarnação está devidamente comprovada em face das regressões de memória (terapia de vidas passadas). Pesquisadores idôneos já comprovaram que os fatos narrados por pessoas, quando submetidas à regressão, são reais, aconteceram de fato, ainda que, em longínquas regiões e em outros países, evidenciando que a pessoa viveu naquele outro momento, sendo outra pessoa.
Há até um caso em que uma menina após levar um tombo, passou a falar outro idioma, desconhecido para ela, dizendo ter outro nome e viver em outra época. Tudo fora comprovado depois, visto que existiu no local e na época passada a pessoa referenciada pela menina.
Vale ser dito, em face da situação acontecida com essa menina, que as experiências de outras existências ficam gravadas nos corpos sutis, acompanhando-nos por todas as vidas, podendo ser acessadas através de regressão de memória (técnica usada por terapêuticos de vidas passadas e também aprendida, tal como ensino no curso de Reiki Usui 3-A .
Ainda sobre a reencarnação, reportando-me a recente programa “Crianças Paranormais” exibido pelo canal A&E em abril/2010, no qual, pesquisadores comprovaram que os três espíritos vistas constantemente por uma menina de 12 (Fred – 8 anos, Chatherine – mãe do menino e a governanta) viveram na mesma época dita por elas à menina (final de 1800), pois foi conseguido um comprovante de cartório público, em que aparece o nome das três pessoas exatamente no ano infirmado pelos espíritos à menina.
A reencarnação não pode ser vista como questão religiosa, mas como fato comprovado por tantos e inquestionáveis casos acompanhados por pesquisadores independentes. Não é mais cabível a tese, de que numa vida apenas, podemos ser ou não salvos, tal como é pregoado por tantas religiões.
Claro que vivemos num momento em que diversas canalizações apontam para o tempo de ascensão planetária e das pessoas que assim o desejarem. Então, é momento agora de se trabalhar para a elevação energeticamente, ao ponto de ascender também, o que ira propiciar o rompimento do ciclo das reencarnações, pelo menos o que se diz respeito às encarnações cármicas, visto que sempre poderá acontecer encarnações como missão espiritual.
Para tanto, é preciso um posicionamento pessoal forte pedindo diariamente, em mentalização, o perdão de falhas cometidas nesta e em outras vidas, assim como perdoado as falhas de outrem para conosco. Igualmente é preciso também, em pensamento firme, propósito de romper qualquer compromisso cármico assumido antes de nascer, desonerando assim de tais vínculos, permitindo o processo trilharmos mais rapidamente no caminho da ascensão.  Sugestão para se dizer diariamente com forte intenção:
Eu perdoo a todos desta vida e de qualquer das vidas passadas ou de outras dimensões pelo sofrimento que provocaram em mim, pois tudo teve ligação em face de acordo cármico previamente estabelecido. Eu amo a todos incondicionalmente!
Eu, também, me perdoo pelas falhas cometidas. Eu apago todos os carmas e quebro a corrente das reencarnações.
Quem sejam dissolvidas todas as formas-pensamentos, emocionais, véus de esquecimento.
Que a partir desse momento seja desfeito o voto que fiz antes de encarnar para não ter consciência de quem Eu Sou verdadeiramente, ser espiritual.
Peço para despertar agora... Estou desperto,  volto a ser o Eu-Espiritual (Eu Sou).
Outra tese religiosa bem ilógica diz que, ao morrer, a pessoa fica dormindo, esperando a volta de Jesus. Não existe nada mais sem sentido acreditar nisso, pois se apresenta totalmente inútil um espírito ficar dormindo por séculos aguardando o retorno de Jesus. E as multidões que morreram em cerca de um milhão de anos de vida humana terrena? Estariam todos dormindo? Isso é absurdo!
Sabemos por atuações de muitos médiuns em todos os países, que os espíritos, após o desencarnarem, apresentam-se conscientes e até se comunicam com os parentes por intermédios desses médiuns  (no Brasil, Chico Xavier foi o mais reconhecido nesse trabalho).
Existem muitos pesquisadores da medicina tradicional, inclusive nos Estados Unidos, estudando experiências de quase morte, tendo ficado provado que a consciência sai do corpo e ao retornar conta fatos vivenciados, que podem ser comprovados, como por exemplo, de um homem que, tendo saindo do corpo por estar clinicamente morto,  presenciou um acidente numa praça, quando uma pessoa morrera. Ele, a retornar ao corpo reanimado pelos médicos, contou que viu o acidente e que uma energia saiu da pessoa atropelada. Os médicos comprovaram que o acidente de fato acontecera exatamente na hora em que o  espírito estivera fora do corpo, momento em que uma pessoa havia sido atropelada e morta.
A tese de ficar dormindo, aguardando a volta de Jesus, é mais uma das artimanhas das religiões, que defendem tal absurdo, tendo sido idealizada para manter, por medo, os seus seguidores presos à Matrix.
É preciso que as pessoas acordem da teia aonde foram aprisionados e estão metidas, pois, venderam e ainda fazem falsas promessas, levando  muitos religiosos até a soberba de acharem que estão salvos e que os não frequentadores de suas igrejas estariam condenados espiritualmente.
Esquecem de ver a verdade explícita a sua frente, o comércio que é feito com tantas denominações: a indústria do dízimo, tal como acima escrevi, devidamente deturpada por escusos interesses. Como seria bem melhor se cada pessoa desse os 10% em doação para os pobres e necessitados ao invés de sustentar templos luxuosos e edificações de mais e mais igrejas e diversas profissões que se formaram ligadas às lideranças religiosas.
O que se precisa são menos igrejas e mais espiritualidade. A espiritualidade precisa ser praticada em todos os lugares, junto aos necessitados, tal como Jesus fez em sua vida. Fala-se tanto em aceitar e seguir Jesus, e o que se vê é exatamente o contrário, soberbas cristãs (fieis que acham que estão salvos porque levantaram a mão em um templo qualquer e que os outros estão condenados por não agir assim), evidenciando discriminação, falta de amor cristão, esquecendo que Jesus tocava todos os seres, amava todos sem exceção, deixando um exemplo prático de como viver o amor incondicional em todos os lugares. Isso, sim, é aceitar e viver o amor de Cristo e não apenas ser um igrejista (termo criado por mim, significando aquelas pessoas que se acham salvas, tão-somente por pertencer e frequentar a alguma religião).
Apresentando convívio social super agradável, as igrejas são armadilhas bem planejadas desde há muito e estão levando as pessoas a entrarem nelas e não conseguirem mais sair, passando a viver numa verdadeira Matrix, em um mundo artificial e não verdadeiro, sendo manipulados, dominados, fazendo o jogo espiritual de submissão e medo e ainda pagando por isso com o dízimo.
Tal como inseri no livro Necanerom, no segundo encontro que tive com Jesus em viagem astral no ano de 2006, Ele me disse que:
Os meus ensinamentos terrenos foram distorcidos ao longo do tempo pelas religiões, não correspondendo ao que Eu, de fato, deixei de legado a todos os seus irmãos terrenos.
Em mensagem canalizada recebida por Pietro Ubaldo, Jesus disse:
Do alto da cruz voz contemplo, homens de boa vontade, de todas as raças e crenças. Estas vos dividem; a minha palavra nos unifica.
Não falo somente aos cristãos, porém a todos os meus filhos, que são os justos da Terra, qualquer que seja a raça ou fé. Falo a todos, não considerando vossas diferenciações humanas. Minha palavra é universal como a luz do Sol. A divindade não pode se isolar numa igreja particular.
Jesus diz ainda, em mensagem canalizada, que em breve somente haverá uma diferenciação terrena, os justos, que vivem o amor incondicional, praticado (os quais herdarão a Terra elevada a 5ª Dimensão) e os demais ficarão presos às armadilhas tridimensionais. Portanto, o progresso espiritual é mérito e conquista individual, devendo ser praticada em todos os lugares e não em igrejas e é isso que será cobrando no devido tempo, que pode está próximo.
É tempo urgente de ter olhos espirituais e mente alerta, racional, para ver e liberar das teias criadas pelos homens, entre as quais as religiões. É tempo de se libertar da Matrix e poder caminhar no efetivo progresso espiritual pessoal na busca e obtenção da ascensão espiritual, da iluminação.
      Abraços fraternos,
      Moacir Sader  

 
moacirsader@moacirsader.com
  http://www.moacirsader.com

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