De acordo com a mitologia grega, os golfinhos são os anjos do mar.
Eles foram reverenciados como salvadores e como seres divinos e
recentemente foram considerados como terapeutas para os seres humanos.
As pessoas com dor conseguem alívio nadando com os golfinhos, quando
nada mais ajuda. Crianças autistas, em contacto com golfinhos, tornam-se
cooperativas e interativas, quando antes havia somente uma barreira de
silêncio.
Muitas pessoas chegam a chorar quando tem um primeiro contacto com
golfinhos e uma profunda saudade é despertada nos corações dos humanos.
O que move os humanos a esta enigmática resposta aos golfinhos? O que
é que nos chama? Ilona Selke passou muito tempo nos últimos seis anos
nas águas e no habitat natural dos golfinhos tentando descobrir seus
segredos. Ilona nasceu no Himalaia e é telepata natural. Ela estava no
meio de sua pesquisa a respeito de anomalias do tempo e do universo
holográfico, quando começou a se interessar pelos golfinhos.
Ilona, o que inspirou você a escrever o seu livro Jornada ao Centro da Criação?
Ilona Selke: Eu estava num show num parque marinho e uma orca (este é
um tipo de golfinho, chamado erradamente de baleia assassina) estava
sendo apresentada. Ela fez alguns truques e eles a alimentavam como
recompensa. De repente uma sensação tomou conta de mim. Uma grande onda
de tristeza me invadiu e eu comecei a chorar. Eu soube nesse momento que
esta grande orca era muito mais inteligente do que acreditávamos. Eu
decidi nesse momento que ia me dedicar a estudar a inteligência dos
golfinhos e decidi ir para a natureza junto com os golfinhos.
Seguiram-se anos de experiências mágicas, treinamento com telepatia e a
descoberta de quanto as imagens holográficas e o universo se entrelaçam.
O universo funciona holograficamente e os golfinhos me ajudaram a ver o
quanto isto se aplica à vida diária.
No seu livro você menciona que uma vez os golfinhos ajudaram a salvar sua vida.
Ilona Selke: Sim. Estava um dia muito bonito e eu e mais duas pessoas
fomos a uma pequena ilha de Mauí, no Havaí, para procurar os golfinhos.
Quando chegamos, as palmeiras balançavam ao sol e os golfinhos estavam
na baía. Nós nadamos mar adentro para ir ao encontro deles. Nós nadamos
com eles pelo que me pareceu mais ou menos uma hora. Perdida no tempo,
de repente eu ouvi uma mensagem muito clara: Volte para a praia agora!
Você tem apenas energia suficiente para fazer o caminho de volta. Agora!
Imediatamente eu tirei minha cabeça para fora da água. As palmeiras
estavam totalmente curvadas. Meus outros dois amigos também tiraram suas
cabeças da água no mesmo momento, pois eles também tinham ouvido a
mesma mensagem: Voltem agora.
Na verdade nós havíamos estado por lá durante um longo tempo. Na
metade do caminho de volta eu comecei a entrar em pânico. Ainda faltava
uma longa distância e eu estava exausta. Começou a parecer que eu não
estava conseguindo nadar contra a corrente. Comecei a ter cãimbras na
perna direita e a dor era tanta que eu mal podia usá-la. Eventualmente
eu vi a areia e atingi a praia. Se as ondas fossem um pouco maiores ou
se eu tivesse ficado por lá apenas alguns minutos mais, acho que não
teria conseguido. O que é remarcável é que os golfinhos enviaram uma
mensagem clara, que nós três ouvimos claramente ao mesmo tempo. Eles
devem ter sido capazes de acessar meus limites físicos, calcular a
distância e comunicar-se conosco.
Parece que os golfinhos são capazes de ver dentro de nós.
Ilona Selke: É verdade. Eles ficam muito curiosos com uma mulher
grávida e usam seu sonar na barriga dela, às vezes bem antes de a mulher
saber que está grávida. Eles dão atenção especial a mulheres grávidas.
Num outro caso, um golfinho começou a bater com seu rostro (parte onde
está a boca) no peito de um homem, sem razão aparente. O homem ficou com
medo que isso tivesse fraturado alguma costela e foi fazer um raio-X.
Foi encontrado um tumor no seu peito. Eles também parecem influenciar o
humor na espécie humana e alterar nossa química. Há muitos relatos de
pessoas se sentindo eufóricas na presença de golfinhos ou de pessoas
mudando o caminho de suas vidas, reconectando-se com seu lado espiritual
e se alinhando para propósitos mais profundos em suas vidas.
Uma amiga minha tinha cistos de ovários. Ela decidiu-se a passar dois
meses nadando todos os dias com os golfinhos na natureza. Durante este
período eles freqüentemente usavam nela o seu sonar. Um dia,
aproximadamente vinte golfinhos se reuniram em baixo dela, na água, e
apontaram seus rostros em direção a ela. Todos eles pareciam apontar
para seu estômago, e ela sentiu como se houvesse uma super-carga de
energia. Após 2 meses com os golfinhos, seus cistos desapareceram.
Vamos voltar à comunicação dos golfinhos com você. Como você os ouve?
Ilona Selke: Eles enviam pensamentos, que para mim soam como se
fossem meus próprios pensamentos, mas eles tem uma energia mais
poderosa. É como uma voz diferente. Às vezes é o conhecimento de um
instante, uma imagem, um pequeno pensamento.
Todos podem ouvir mensagens telepáticas?
Ilona Selke: Bom, em teoria, sim. Todos podem se eles quiserem
praticar muito. Em meu livro Jornada ao Centro da Criação”, eu explico
muitas maneiras pelas quais pode-se aprofundar a própria intuição. Se
uma pessoa já está considerando a possibilidade, ela já está com meio
caminho andado. O resto é aprender a focalizar, a diferenciar seus
próprios pensamentos, e tendo confiança nas imagens internas que vem
para todos nós, o tempo todo. Uma grande ajuda é ser muito honesto
consigo mesmo e melhor ainda, sendo honesto com todos. Se tivermos que
nos esconder atrás do nosso próprio véu de mentiras, é muito mais
difícil sabermos quais pensamentos são nossos e quais vem de outra
fonte. Nossa voz interna pode ser muito mais clara quando não temos que
carregar as teias de pequenas ou grandes mentiras.
Como você sabe que os golfinhos podem nos ouvir?
Ilona Selke: Eu fiz muitas experiências. Uma vez eu estava num barco
para ver um grupo de golfinhos que eu conhecia por nome. Havia 6 pessoas
esperando para ver alguns golfinhos, que vinham rodear cada vez que
alguém entrava na água. Esperar sempre traz antecipação. De repente,
vimos uma nadadeira dorsal. Era o golfinho que chamávamos de Sweetheart.
Ele tinha vindo para saudar o barco que ele conhecia tão bem. Mas só
havia um golfinho! E nós gostaríamos de nadar com alguns deles;
Mentalmente eu pedi a Sweetheart para trazer o resto de sua família. Ele
respondeu “OK, eu estarei de volta com os outros em 15 minutos.” Quando
ele foi embora todos suspiraram com tristeza. Mesmo a chance de nadar
com um único golfinho parecia ter acabado. Quinze minutos mais tarde
todo o grupo apareceu. Cada um deles saltava com alegria e nós tivemos
um grande dia.
Como a sua comunicação com os golfinhos se liga aos trabalhos do universo holográfico?
Ilona Selke: Os golfinhos verificaram para mim a exatidão das imagens
internas e da telepatia. Mais tarde eu aprendi que as imagens que eu
tenho na minha mente são a melhor maneira de me comunicar com os
golfinhos e criar a finalidade desejada. Se eu visse os golfinhos a
vinte quilômetros de distância, querendo que eles viessem e se
conectassem comigo, eu mantinha uma distância deles como uma cenoura na
minha frente. Você necessita ver o resultado final do que você quer, e
sentir ao redor e dentro de você que isso é certo. Isto é verdade para
todas as experiências de vida.
Cada pessoa pode acessar qualquer dimensão através de sua própria
intuição, e nosso mundo é muito mais flexível, miraculoso e anômalo do
que admitimos. Os golfinhos me enviaram imagens e pediram que eu
refizesse as imagens de certas situações de sua sobrevivência. Eu fiz o
que eles pediram e ocorreram mudanças. Basicamente, nós precisamos
reconhecer que tudo que existe o faz holograficamente. Através da nossa
imaginação estamos ligados a tudo no universo. Se eu posso ver e sentir a
mudança na minha mente interior, isso também pode acontecer na matriz
física.
Como as pessoas podem realmente preencher suas vidas com algumas destas coisas?
Ilona Selke: Usando qualquer tipo de exercício de imagem, mesmo
falando mentalmente com seu cão, é uma maneira de afiar a mente
intuitiva. Nossa intuição fala conosco através da nossa imaginação e
sentimentos. A chave é praticar estas capacidades diariamente. É o
caminho da dedicação contínua para contrabalançar a força da entropia, a
força que nos faz ficar cansados e diminuir o ritmo. A consciência é
uma força sintrópica, a força de elevação, a força que dá forma à
energia, aquela que instila a mudança no nosso desenvolvimento humano. O
propósito final de incorporar as dimensões sutís em sua vida é o de
alinhar-se cada vez mais com a fonte de toda a criação. A voz interior o
guiará automaticamente para mundos mais luminosos e mais sutís,
aumentando a proximidade com a fonte.
Os golfinhos tem algo a dizer sobre o atual estado de coisas dos humanos?
Ilona Selke: Sim! “Parem de jogar lixo e bombas no oceano.” Uma vez
eles me enviaram uma imagem para ajudar os golfinhos por causa do perigo
que os estava ameaçando por causa de uma detonação subaquática. Era
sobre o teste nuclear submarino que a França finalizou desde então. Eu
nem sabia qualquer coisa a respeito disso quando recebi a imagem.
Demorou dois meses para que eu soubesse o significado daquela imagem.
Qual o papel dos golfinhos na escala universal da evolução?
Ilona Selke: Depende na verdade de como você define esta hierarquia
de crescimento. Os golfinhos já foram mamíferos terrestres e tiveram
cinco dedos. Então eles tinham a possibilidade de manipular a matéria
como os humanos. A mente humana evoluiu de uma maneira mais racional por
causa de sua capacidade de formar, criar e construir. Por sua vez, os
golfinhos voltaram ao mar; os cinco dedos reverteram e se transformaram
em nadadeiras. O cérebro destes mamíferos, que já eram desenvolvidos,
foi então usado para se desenvolver em áreas que nós consideramos
invisíveis. Começando com o sonar e subindo na escala de freqüências, os
golfinhos parecem ter aprendido habilidades que venceriam nossa mente
humana.
Minha experiência é que eles evoluíram seus corpos sutIs em um grau
muito mais avançado que os humanos, que eles podem viajar além dos
confinamentos de tempo e espaço e serem conscientes disso. Roberta
Goodman, uma co-pesquisadora do Dr. John Lilly, fez uma experiência de
telepatia com os golfinhos e descobriu que eles podem ler as mentes
humanas a milhas de distância e responder a imagens com detalhes claros.
Para mim, em muitas maneiras, os golfinhos são mais evoluídos que os
seres humanos, e parece que eles querem ajudar na evolução de qualquer
humano que esteja querendo ouvir.
O cérebro do golfinho do Atlântico “nariz de garrafa” pesa 1600
gramas, em média 200 gramas a mais que o cérebro humano. Eles tem mais
circunvoluções na massa cinzenta que os humanos, que tem sido
considerado um sinal de inteligência superior. Os golfinhos não seguiram
a rota do poder externalizado, da tecnologia, no seu sentido mais
remoto. Eles escolheram o caminho para dentro. Isto somente deve tê-los
colocado no caminho da supra-consciência. Pensem nas baleias, que tem
tido comunicações ao redor do mundo por milhares de anos. Os humanos só
começaram a fazer isso agora. E nós dependemos somente de forças
externas.
Quais são os segredos dos golfinhos? Qual o efeito que os golfinhos tem sobre as nossas almas?
Ilona Selke: Os golfinhos estão muito vivos nas dimensões sutís.
Quanto mais elevada a nossa vibração, mais amor nós sentimos, mais
alegria nós sentimos. Quanto mais pudermos encontrar a semente de luz na
escuridão aparente, mais poderemos viver nos mundos “mais iluminados”.
Os golfinhos podem fazer isto e eles podem conectar-se conosco
intencionalmente, mesmo que não possamos perceber. Muito parecido com o
que os anjos fazem. Eles podem ver o mundo de maneira que os humanos que
ainda usam os cinco sentidos não podem. Entretanto, podemos sentir os
golfinhos sentir seu amor dentro e fora da água. Muitas pessoas tem
experiências impressionantes com golfinhos, mesmo em sonhos ou em sua
imaginação. Os golfinhos podem estar conosco nessas dimensões sutís e
gentilmente nos chamar para cumprirmos nosso propósito mais elevado, o
de despertar para a Luz Interna. E alguma parte de nós escuta os
chamados e responde.
Ilona Selke
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Entrevista por Richard Daab
http://www.magicalblend.com
Fonte: http://www.institutoninarosa.org.br/textos/271-entrevista-com-ilona-selke
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